terça-feira, 8 de julho de 2014

Web Rádio Épocas sua rádio saudades


A Web Rádio Épocas foi elaborada e criada com o propósito de levar para  pessoas de uma faixa etária acíma dos 45 anos as músicas que fizeram parte de sua juventude.

Os mais jovens são os que mais acessam a internet e sabemos disso, embora saibamos também que, a população mais velha acessa cada vez mais a internet, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De  2005 a 2011, aumentou em 222,3% o contingente de brasileiros com 50 anos ou mais de idade que entram na internet. Entre as faixas etárias investigadas, foi a que teve maior crescimento relativo no período. Mais 5,6 milhões de pessoas com 50 anos ou mais passaram a acessar a internet nesse período.

Mas o objetivo maior da Web Rádio Épocas não é a audiência, mas sim proporcionar aos mais velhos um espaço que traga de volta  lembranças de uma época de suas vidas.

Acreditamos no romantismo, carinho, amor próprio, amor ao próximo, DEUS, companherismo, amizade e felicidade. Não apoiamos pedofilia,  preconceitos, julgamentos, discriminação, crimes, pornografia e falta de respeito.

www.webradioepocas.com.br

Ademir Palácios

terça-feira, 24 de junho de 2014

É choro, sim, mas de alegria

Com pelo menos uma roda de chorinho por dia na cidade, Belo Horizonte hoje é considerada a capital do choro no Brasil

Às 18h de toda segunda-feira, o som do cavaco começa a soar de improviso no Bar do Salomão, acompanhado de violão, flauta, pandeiro e bandolim. É no boteco apertado entre as ruas do Ouro e Amapá, no bairro Serra, que todo mundo começa a chorar e não para mais durante a semana inteira. “Mas ninguém derrame uma lágrima, por favor, porque esse choro é só de alegria, ouviu, doutor?”, filosofa aos gritos um bêbado encostado no balcão do bar. Mesmo tendo poucas casas que abrigam shows de chorinho, Belo Horizonte tem hoje o título de capital do choro no Brasil, com pelo menos uma roda de chorinho a cada dia da semana.

Se há vinte anos não havia sequer um bar que abrisse espaço para o chorinho na capital, hoje em dia são quase 100 músicos ativos em pelo menos 12 espaços com programação dedicada ao choro. “Temos mais de 90 associados que tocam com frequência na noite, são figurinhas marcadas nos bares. E todo mês, temos pedidos de novos associados”, diz o presidente do Clube do Choro em Belo Horizonte, Jonas Cruz.

Primeiro bar dedicado ao chorinho na cidade, o Pedacinho do Céu foi inaugurado em 1996 pela viúva de Waldir Azevedo. Hoje, o proprietário do bar, que largou o emprego de gerente de banco para montar o espaço, avalia que boa parte dos jovens tomaram gosto pelo chorinho vendo personalidades desfilando pelo bairro Caiçara. “Yamandú Costa, Paulinho da Viola e Silvério Pontes sempre frequentaram aqui, e desde o início criei o hábito de trocar partituras, gravações e experiências musicais entre os artistas. O Thiago Delegado e o Marcos de Oliveira, hoje o melhor cavaquinista de Minas, começaram a tocar aqui. Acho que a projeção desses sucessos há 18 anos ajudou a criar o interesse em novos músicos que estamos vendo por ai agora”, diz Ausier Vinicius, proprietário do Pedacinho do Céu.

Um dos principais nomes do choro no país, o compositor carioca Maurício Carrilho lembra que, apesar de o chorinho ter nascido no Rio de Janeiro, no século XIX, a manutenção do orgulho do gênero está em Minas Gerais, graças à juventude. “O que vi em Beagá quando estive aí ano passado foi muita gente jovem tocando choro junto com a velha guarda – é a capital do choro hoje. Acredito que os músicos mais novos uniram a cultura mineira de sempre ir para o bar com o gosto recente pela música”.

Nos botecos onde se ouve cavaquinho e pandeiro de longe, não é raro ver meninos com barbas por fazer ao lado de senhores de cabelos ralos tocando Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Altamiro Carrilho, Waldir Azevedo e tantos outros mestres do choro. Mesmo tão novo, o cavaquinista Pablo Dias, 23, parece ter entendido a essência do choro. “O choro é democrático. Ele une as pessoas para tocar junto. Se um saí da roda, quebra um elo. É a companhia que faz a nossa música no bar”, diz.

Cidadão Honorário de Belo Horizonte, o violonista Mozart Secundino de Oliveira tem nome de lenda e é tratado como tal nas rodas de choro. Aos 91 anos, ele se mantém na ativa com o grupo Piolho de Cobra, aprendendo e ensinando. “Eu toquei por mais de 60 anos com o Waldir Silva. Mas hoje em dia eu continuo aprendendo um jeito novo de tocar Pixinguinha com meninos de 20 anos. Isso é demais”, diz Mozart.

Programação

Guia. O chorinho em Belo Horizonte acontece todos os dias da semana, com mais de 20 grupos e 75 músicos fazendo som em rodas de música brasileira pela cidade. Veja os dias e horários das principais apresentações:

SEGUNDA-FEIRA

Bar do Salomão, às 18h (rua do Ouro, 895, Serra)


TERÇA-FEIRA

Godofrêdo Bar, às 20h (rua Paraisópolis, 738, Santa Tereza)

QUARTA-FEIRA

Dalva Botequim, às 18h (rua Ceará, 1.568, Funcionários, praça ABC)

QUINTA-FEIRA

Bar do Bolão, às 19h (rua Vila Rica, 637, Padre Eustáquio)

Clube da Esquina, às 19h30 (rua Sergipe, 146, Funcionários)

Bar do Salomão, às 18h (rua do Ouro, 895, Serra)

Pedacinho do Céu, às 21h (rua Belmiro Braga, 774, Alto Caiçara)


SEXTA-FEIRA

MOSTEIRO, às 19h (rua Santa Rita Durão, 940, Savassi)

SEXTA E SÁBADO

Bar Opção, às 20h (rua Alabandina, 619, Caiçara)

Pedacinho do Céu, às 21h (rua Belmiro Braga, 774, Alto Caiçara)

DOMINGO

A Casa, às 20h (rua Padre Marinho, 30, Santa Efigênia)

Cartola Bar, às 21h (rua Vila Rica, 1.168, Caiçara)

Feijoaria*, às 14h (rua Desembargador Fernando Bhering, 244, Dona Clara)

*a roda de choro no “Feijoaria” só acontece no primeiro domingo do mês.






Fonte: O Tempo

sábado, 7 de junho de 2014

SHOW : Stanley Carvalho e sua gente no Jazzb


Show no Jazzb, em São Paulo, no dia 30 de junho, 2 feira, 21h30. Os que se inscreverem no site www.jazzb.net pagam apenas R$10,00. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Choro é atração no Teatro Vasques em Mogi das Cruzes SP

A noite de abertura da ‘Caravana Brasil Instrumental’ terá a apresentação de João Macacão e Conjunto Paulistano logo após a Roda de Choro de Seu Julinho / Foto: Divulgação

Mogi recebe nesta quinta-feira o projeto “Caravana Brasil Instrumental”. É uma iniciativa do Ministério da Cultura que está circulando por cinco cidades do interior e litoral do Estado de São Paulo e atinge agora a reta final da temporada 2014. Na Cidade, o evento também estreia oficialmente as melhorias no sistema e de som e luz do Teatro Vasques. Recentemente o espaço passou por uma revitalização na parte de aparelhagem e conta agora com equipamentos digitais de última geração.

Todas as atividades do “Caravana Brasil Instrumental” serão realizadas  no Vasques, entre quinta-feira e domingo, sempre com entrada gratuita. Para abrir o evento foram convidados os participantes da “Roda de Choro do Seu Julinho”. Começa às 20 horas. Na sequência, João Macacão e o Conjunto Paulistano comandam o som.

João Macacão ou João Nicolau de Almeida é considerado uma das figuras mais marcantes da seresta, samba e choro da atualidade, bem como um dos mais virtuosos no violão 7 cordas do Brasil. Acompanhou por mais de 30 anos o seresteiro Silvio Caldas e já tocou ao lado de grandes compositores e músicos, como Orlando Silva, Altamiro Carrilho e Paulo Vanzolini. Neste show ele apresenta, acompanhado do Conjunto Paulistano, um repertório em homenagem aos grandes chorões do Brasil, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Esmeraldino Sales, num resgate ao clima das tradicionais rodas de choro do início do século XX.



Outros artistas

Nos dias seguintes, a plateia poderá conferir as apresentações do Panorama do Choro, Izaías e seus Chorões e o Zé Barbeiro Quinteto. “São grandes nomes da música instrumental brasileira que estamos tendo a honra de receber na Cidade. O projeto é do Ministério da Cultura, com patrocínio de uma empresa particular, via Lei Rouanet e vai permitir uma experiência única para o público mogiano, com entrada franca. Espero que as pessoas compareçam e prestigiem”, diz Mateus Sartori, secretário municipal de Cultura.

A “Caravana Brasil Instrumental” esteve presente  nas cidades de Ilhabela, São Luiz do Paraitinga e Caraguatatuba e chega agora à sua etapa final em Mogi das Cruzes e no município de Botucatu. O projeto leva os mais diversos nichos e estilos da música instrumental brasileira, promovendo o encontro de artistas que demonstram consistência, originalidade e criatividade ao público, em trabalhos de reconhecida relevância cultural.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone 4798-6900. O Teatro Vasques fica na Rua Doutor Correa, 515, Largo do Carmo.



Programação:

Quinta-feira (15 de maio)

20hs–Roda de Choro do Seu Julinho

20:30hs– João Macacão e Conjunto Paulistano



Sexta-feira (16 de maio)

20hs30– Panorama do Choro



Sábado (17 de maio)

20hs30s– Izaías e Seus Chorões



Domingo (18 de maio)


19hs– Zé Barbeiro Quinteto

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Blog do Prof. Danilo Oliveira - Violão Rotina de estudo

Não importa o que você queira fazer, tudo passará por um caminho.

Esse caminho pode ser curto ou longo, dependendo da tarefa a ser realizada e sua aptidão natural para desempenhar essa tarefa.

Tocar violão nos proporciona um grande número de possibilidades e de caminhos diferentes, por esse motivo, resolvi escrever sobre a importância de percorrer o caminho completo em busca de um objetivo.
Texto retirado do Blog do Prof. Danilo Oliveira, abaixo link para você acessar








Ademir Palácios

terça-feira, 25 de março de 2014

Ainda fazem: Samba de Verdade


Fernanda Brito

Cantora profissional e professora de canto possui formação técnica em canto pelo Conservatório Estadual de Música Juscelino Kubistchek de Oliveira em Pouso Alegre e é licenciada em canto pela Universidade do Vale do Rio Verde em Três Corações – MG.

Fernanda faz parte dos projetos de voz e violão com o violonista Bruno Vinci e com o Grupo Queijo com Goiabada, com repertório de Bossa Nova, MPB, Samba e Choro em suas apresentações.

Também é integrante do grupo vocal Cantus Quatro o qual teve seu primeiro CD gravado no ano de 2010 com produção de Claudio Nucci (Ex- integrante do grupo vocal Boca Livre) e Diovanni Bizzotto e traz canções que afloram sabores mineiros. Através do projeto Bares de Minas – as histórias do Clube da Esquina, idealizado pelo grupo Cantus Quatro, Fernanda teve o privilégio de dividir o palco com grandes nomes deste movimento como Lô Borges, Márcio Borges, Fernando Brant, Toninho Horta e Tavinho Moura.

Com a junção de todos estes gêneros musicais, criou sua identidade musical.


O Conjunto Sacudindo o Choro acompanha a cantora Fernanda Brito na música "Samba de verdade" de Eduardo Gudin e J.C.Costa Neto. Mais info.: http://sacudindoochoro.com/


Bruno Vinci (Violão 7 cordas) Rafael Nascimento (Violão 6 cordas) Jorge Garcia (Cavaquinho) Diogo Del Nero (Pandeiro) Convidado: Daniel Migliavacca (Bandolim) Vídeo: Marcelo Vinci Gravação: Estúdio 185. Técnico: Beto Mendonça The Sacudindo o Choro accompanies the singer Fernanda Brito in music "Autonomy" by Cartola. More info.: Http://sacudindoochoro.com/ Bruno Vinci (7 string guitar) Rafael Nascimento (guitar 6 strings) Jorge Garcia (Cavaco) Diogo Del Nero (Pandeiro) Guest: Daniel Migliavacca (Mandolim) Video: Marcelo Vinci

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Zequinha de Abreu

"Um tico-tico só/ O tico-tico lá/ Está comendo todo, todo, meu fubá/ Olha, seu Nicolau/ Que o fubá se vai/ Pego no meu Pica-pau e um tiro sai." Qual é o brasileiro que não conhece a composição "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu?

A música foi um dos maiores sucessos da década de 1940 e fez parte da trilha sonora de cinco filmes americanos: "Alô Amigos", "A Filha do Comandante", "Escola de Sereias", "Kansas City Kity" e "Copacabana", quando o choro, com letra de Eurico Barreiros, foi cantado por Carmen Miranda.

José Gomes de Abreu, o Zequinha, era o primeiro dos oito filhos do boticário José Alacrino Ramiro de Abreu e Justina Gomes Leitão. A mãe queria que ele fosse padre e o pai, que se formasse médico. Mas aos seis anos, ele já mostrava vocação musical, tirando melodias da flauta. Durante o curso primário organizou uma banda na escola, da qual era o regente. Com 10 anos, tocava requinta, flauta e clarineta na banda e ensaiava suas primeiras composições.

Zequinha de Abreu estudou em Santa Rita e no Colégio São Luís de Itu. Em 1894 foi para o Seminário Episcopal de São Paulo, onde apreendeu harmonia. Aos 17 anos voltou para sua cidade e fundou sua orquestra para se apresentar em saraus, bailes, aniversários, casamentos, serestas e em cinemas, acompanhando os filmes mudos. Nessa época, fez suas primeiras composições, como "Flor da Estrada" e "Bafo de Onça".


Aos 18 anos já estava casado com Durvalina Pires Brasil, de14. O casal viveu alguns meses no Distrito de Santa Cruz da Estrela, atual Jacerandi, próximo a Santa Rita. Cuidavam de uma farmácia e de uma classe de ensino primário. De volta à sua cidade, Zequinha coordenou o trabalho da orquestra com os cargos de secretário da Câmara Municipal e de escrevente da Coletoria Estadual. A exemplo de seu pai, também teve oito filhos, todos batizados com nomes começados com a letra D: Durval, Dermeval, Dinorah, Doríval, Diva, Dirce...

No final da década de 1910 compôs de improviso a valsa "Branca", em homenagem a Branca Barreto, filha do chefe da estação ferroviária de sua cidade. Tornou-se um clássico do repertório brasileiro de então.

Em 1917, durante um baile, apresentou um choro e ficou surpreso com a reação entusiasmada dos pares de dança. Batizou a música de "Tico-Tico no Farelo", mas, como já existia um choro com o mesmo nome na época (composto por Américo Jacomino), resolveu pôr "Tico-Tico no Fubá". Apesar da boa acolhida, o choro só seria gravado quatorze anos depois, pela Orquestra Colbaz, dirigida pelo maestro Gaó. Interpretada por dezenas de artistas, tornou-se um dos maiores sucessos da música brasileira no século 20, inclusive no exterior.

Zequinha mudou-se para a capital paulista em setembro de 1920, logo após o falecimento do pai. Em São Paulo, seu ritmo de trabalho aumentou. Ele se apresentava no Bar Viaduto, na Confeitaria Seleta, em clubes, cabarés, "dancings" e festas. Seu piano, conjuntos e músicas eram muito requisitados. Incansável, ainda dava aulas de piano e aproveitava para vender as partituras de suas músicas nas casas que freqüentava.


Trabalhava também na Casa Beethoven, atraindo fregueses e curiosos que passavam na Rua Direita. Mostrava no piano os últimos lançamentos musicais. Foi lá que conheceu Vicente Vitale, com quem iniciaria uma grande amizade e uma ligação importante. Os irmãos Vitale iniciavam uma editora musical que iria lançar vários de seus sucessos. Além disso, ofereceram a Zequinha um contrato de exclusividade, com a obrigação de entregar uma música nova a cada mês, em troca de um ordenado fixo.



Suas músicas foram gravadas inclusive por Lúcio Alves, que cantou "Pé de Elefante", "Rosa Desfolhada" (ambas em parceria com Dino Castelo). "Aurora" (com Salvador Morais) e "Amor Imortal" (com Braguinha).

Zequinha não possuía ambição e sempre ajudava os amigos necessitados. Falava pouco, mas sorria bastante. Na boemia, fazia-se acompanhar dos filhos Durval e Dermeval, improvisando ao piano canções durante horas, com a cervejinha do lado. "Escrevia música tão depressa como qualquer pessoa que sabia escrever ligeiro" - dizia Hermes Vieira, seu amigo e letrista, que usava o pseudônimo de Naro Demóstenes.

Dois anos antes de morrer, fundou a banda Zequinha de Abreu. Dezessete anos após sua morte, os cineastas Fernando de Barros e Adolfo Celi e a Companhia Vera Cruz homenagearam o compositor com o filme "Tico-Tico no Fubá

 
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