sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O violão no Brasil

O violão no Brasil desenvolveu-se, basicamente, em dois grandes eixos da expressão da arte no Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo. Onde surgiram a grande maioria dos grandes violonistas brasileiros, que obtiveram sua formação instrumental com os professores que moravam nestas cidades.

Na cidade de São Paulo, através do violonista uruguaio Isaías Savio (1900-1977), que teve sua formação violonística com Miguel Llobet, resultou a fundação de uma das melhores escolas de violonistas da América do Sul, vindo morar no Brasil, em São Paulo, onde desenvolveu a maior parte do seu trabalho fundando a Associação Cultural Violonística Brasileira, e em 1947, e tornou-se professor de violão do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo,  fundando a primeira  cadeira de violão no país.

Em 1951, ele participou da fundação da Associação Cultural de Violão de São Paulo, sendo responsável pela composição de  mais de 100 obras para o violão e cerca de mais ou menos 300 transcrições e revisões, sendo seus trabalhos usados atualmente por muitas escolas de música em todo o Brasil e fora dele.
O Brasil teve e tem a sua própria safra de violonistas, podemos citar:

Clementino Lisboa: iniciou as apresentações de violão em público, apresentando o instrumento para a elite carioca;- Joaquim Santos: fundador da revista “O violão”;

Aníbal Sardinha: precursor da bossa-nova.
Ainda citamos alguns como Jorge do Fusa, Américo Jacomino, Nicanor Teixeira e Egberto Gismonti.

A música brasileira para violão tem por base a pequena obra de Villa-Lobos, que foi um importante compositor e violonista brasileiro, que conta basicamente com 12 estudos sobre violão.






Fonte: www.mundodoviolao.com

Roda de choro em Londres com Tércio Borges


O Clube do Choro UK volta com mais uma Roda de Choro em Londres nesta semana, apresentando o convidado Tércio Borges, representante do melhor samba da Lapa.

Após o sucesso da primeira roda na Cecil Sharp House, em julho, o Clube do Choro UK prepara a nova roda que será realizada no sábado dia 31 – mais uma oportunidade para quem gosta ou ainda não conhece a roda, que acontece sempre na última semana de cada mês.

Este mês o convidado especial é Tércio Borges, defensor do choro e do samba da Lapa. Ele deixou o Rio com destino a Portugal há doze anos e fundou a primeira roda de choro em Lisboa. Lá liderou o grupo Os Democratas do Samba, tocando com grandes músicos como Sombrinha, do Fundo de Quintal, o sambista Diogo Nogueira, as cantoras Sílvia Nazário, Edna Pimenta e Letícia Gabian da Bahia, o português Nuno Bastos, entre outros.


Filho do violonista, cantor e compositor Tércio Guimarães, é carioca da gema; começou a aprender música sozinho, tocando violão e cavaquinho nas rodas de samba do Rio, hábito que lhe rendeu respeito e aprovação entre os músicos. Tércio toca músicas de autoria própria e também lembra clássicos do samba como Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Alcione, Cartola, Chico Buarque, etc.

O Clube do Choro UK celebra mais uma roda acolhedora na nova casa, a Cecil Sharp House, em Camden, fruto da nova parceria com a English Folk Dance & Song Society (EFDSS), trazendo o samba adorado por brasileiros, ingleses e demais nacionalidades para uma atmosfera folk inglesa.

Durante o dia do evento, haverá workshops diversos para quem se interessar em tocar pandeiro, cavaquinho, violão e outros instrumentos, independentemente do nível de experiência musical (informações abaixo).

A noite será recheada de eventos, começando cedo com aulas de dança às 5pm, seguido da roda do choro, banda, roda do samba e convidado Tércio Borges, acompanhado por comida e bebida típica brasileira. Durante o evento as pessoas podem assistir e trazer o seu instrumento musical para participar da roda, interagir com os músicos e entrar no improviso.










Fonte: brazilianpost

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Chorando baixinho...

"Chorando Baixinho" é um choro de Abel Ferreira, existem algumas publicações sobre o nome que ele deu para a primeira música que fez. Ele se casou com uma moça que não aceitava ele passar as noites tocando nos cabarés, abandonou por uns tempos a música e foi trabalhar na sorveteria do pai em Coromandel-MG.

Não deu certo e ele retornou para Belo Horizonte e para a música. Sua mulher deu um basta, ou ela ou a música, ele guardou a clarineta em cima do guarda-roupas e ficou um bom tempo sem tocar.

Uma noite não resistindo pegou a clarineta e começou a tocar dentro do quarto, mas ouvia sua mulher chorando baixinho do lado de fora. Compôs então nessa noite sua primeira música, e colocou o nome de "Chorando Baixinho", um de seus maiores sucessos.



Gravou  "Chorando Baixinho" em 1942. No ano seguinte foi para o Rio tocar nos Cassinos e nas rádios. Fez duetos memoráveis com Zé da Velha e com Pixinguinha, com quem gravou Ingênuo em 1958. Nas contas do próprio Abel, compôs mais de cinquenta músicas, entre elas Acariciando, Luar de Coromandel e Chorinho do Suvaco de Cobra.

Viajou o mundo todo e até seus últimos anos de vida continuou soprando o instrumento, em shows com Copinha e Raul de Barros.






Chorando Baixinho - Com o talentoso clarinetista do Ceará Giltácio Santos






Ademir Palácios

RODA DE CHORO:CONEXÃO SP


Circuito de shows - 31 de agosto a 29 de setembro
Entrada gratuita

07 de setembro – sábado - 13h30

RODA DE CHORO
Jordão Bar
R. Apucarana, 1452 – Jardim Anália Franco – (11)2671-0670
Lotação: 240 lugares



PROGRAMAÇÃO COMPLETA
31 de agosto – sábado - 17h
JOÃO PARAHYBA
Local: Instituto Brincante
Rua Purpurina, 428 - Vila Madalena - (11) 3816-0575
01 de setembro - domingo – 17h
GUIZADO CONVIDA CURUMIN
Local: Sala Olido
Av. São João, 473 – Centro – (11)3331-3399 ou (11)3397-0171
02 de setembro - segunda – 20h
ORQUESTRA ARRUDA BRASIL
Local: Brahma Aeroclube
Av. Olavo Fontoura, 650 – Santana – (11)3367-3601
03 de setembro - terça – 20h
ASTRONAUTA PINGUIM 
Local: Jacaré Grill
R. Harmonia, 321 – Pinheiros – (11)3031-5586
04 de setembro - quarta – 22h
WILLY VERDAGUER
Local: Grazie a Dio
R. Girassol, 67 – Pinheiros – (11)3816-0575
05 de setembro - quinta – 20h30
WALMIR GIL
Local: Matilha Cultural
R. Rêgo Freitas, 542 – República – (11)3256-2636
06 de setembro - sexta – 20h
PÉ NA COZINHA
Local: Villa Caetano’s
Av. Engenheiro Caetano Alvares, 5550 – Santana – (11)2959-2305 ou (11)2283-2837 ou (11)2976-4598
07 de setembro - sábado – 13h30
RODA DE CHORO
Local: Jordão Bar
R. Apucarana, 1452 – Jardim Anália Franco – (11)2671-0670
08 de setembro - domingo – 17h
RICARDO HERZ TRIO
Local: Centro de Cultura Judaica
R. Oscar Freire, 250 – Sumaré – (11)3065-4333
09 de setembro - segunda – 19h30
JAZZCO
Local: Bar Brahma Centro
Av. São João, 677 – Centro – (11)3969-0739 ou (11)3367-3601 ou (11)3367-3604
10 de setembro - terça – 21h
ALEX BUCK QUARTETO
Local: Madeleine
R. Aspicuelta, 201 – Vila Madalena – (11)2936-0616
11 de setembro - quarta – 19h30
RAFAEL CORTEZ
Local: Livraria Cultura – Market Place
Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 – Vila Cordeiro – (11)3474-4033
12 de setembro - quinta – 19h30
TIGRE DENTE DE SABRE
Local: FNAC Pinheiros
Praça dos Omaguás, 34 – Pinheiros – (11)3579-2000
13 de setembro - quinta – 20h
CHIMPANZÉ CLUB TRIO
Local: São Benedito
Praça Benedito Calixto, 78 – Pinheiros – (11)3062-9678 ou (11)3938-3635
14 de setembro - sábado – 17h
GUILHERME KASTRUP
Local: Livraria da Vila – Alameda Lorena
Al. Lorena, 1731 – Jardim Paulista – (11)3062-1063 ou (11)3096-4494
15 de setembro - domingo – 19h30
AMILTON GODOY & GABRIEL GROSSI
Local: Casa do Núcleo
R. Padre Cerda, 25 – Alto de Pinheiros - (11)3815-9714 ou (11)3032-8401
16 de setembro - segunda – 19h30
TRIO MADEIRA BRASIL
Local: Teatro Décio Almeida Prado
R. Cojuba, 45B – Itaim Bibi – (11)3079-3438
17 de setembro - terça – 20h30
ZÉ BARBEIRO
Local: Jordão Bar
R. Apucarana, 1452 – Jardim Anália Franco – (11)2671-0670
18 de setembro - quarta – 19h30
RAFAEL CORTEZ
Local: Livraria da Vila – Cidade Jardim
Av. Magalhães de Castro, 12000 – Butantã – (11)3755-5811
19 de setembro - quinta – 19h30
STROBO CONVIDA LUÊ
Local: Livraria Cultura - Bourbon
R. Turiassu, 2100 - Perdizes - (11)3868-5100
20 de setembro - sexta – 22h
STROBO CONVIDA LUÊ
Local: Serralheria
R. Guaicuros, 857 – Lapa – (11)96794-0124
21 de setembro - sábado – 17h
ZÉ BARBEIRO
Local: Bar Salve Jorge
Praça Antônio Prado, 33 – Centro – (11)3107-0123
22 de setembro - domingo – 17h
MUTRIB
Local: Associação Paidéia
Rua Darwin, 153 – Santo Amaro – (11)5522-1283
23 de setembro - segunda – 19h30
SEIS COM CASCA
Local: Octávio Café
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2996 – Jardim Paulistano – (11)3074-0110
24 de setembro - terça – 20h
MARTINEZ
Local: Jazz B
R. General Jardim, 43 – República – (11)3083-5975
25 de setembro - quarta – 22h
AFROELECTRO
Local: Grazie a Dio
R. Girassol, 67 – Pinheiros – (11)3816-0575
26 de setembro - quinta – 20h
MUSTACHE E OS APACHES
Local: Posto 6
R. Apicuelta – 646 – Vila Madalena – (11)3812-4342
27 de setembro - sexta – 22h
ORQUESTRA BANDIDA
Local: Centro Cultural Rio Verde
R. Belmiro Braga, 119 – Vila Madalena – (11)3459-5321
28 de setembro - sábado – 17h
PROVETA
Local: Livraria da Vila – Fradique
R. Fradique Coutinho, 915 – Pinheiros – (11)3814-5811
29 de setembro - domingo – 17h
MARCELO MONTEIRO convida LETIERES LEITE
Local: FNAC Paulista
Av. Paulista, 901 – Bela Vista – (11) 2123-2000
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O CONEXÃO
Após 13 anos de trabalho, o Conexão criou e fortaleceu uma sólida rede de artistas, projetos, agentes e iniciativas diversas no setor cultural brasileiro, abrigando em seu guarda-chuva iniciativas de circulação de shows, festivais, produção de CDs e DVDs individuais e coletivos, videoclipes e atividades de qualificação e profissionalização, entre outras. Essas ações contínuas ao longo do ano e por todo o país se revelam ao público de forma contundente na realização dos festivais, que já circularam as capitais e interior de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Pará.
A Rede Conexão conta com o apoio das casas de espetáculo e centros culturais envolvidos, da Prefeitura de São Paulo, da Lei Federal de Incentivo à Cultura, das Leis de Incentivo à Cultura do Pará, Minas Gerais e Bahia e tem o patrocínio da Vivo.
RETIRADA DE INGRESSOS:
www.sympla.com.br/conexao
Os ingressos também podem ser retirados nos locais 1 hora antes do início dos shows.
Sujeito à lotação dos espaços.
INFORMAÇÕES: http://facebook.com/conexoeslivres | 31.3284.0709
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INFORMAÇÕES UTÉIS SOBRE A RETIRADA DE INGRESSOS VIA SYMPLA
- É indispensável a impressão do ingresso/voucher recebido por email. O ingresso é pessoal e intransferível e será conferido digitalmente. Caso não tenha recebido o ingresso em seu email, entre em contato através do email suporte@sympla.com.br;
- Na entrada, é necessário apresentar o documento de identidade, além do ingresso impresso.
- O ingresso será enviado para o e-mail indicado. Lembre-se, o ingresso é pessoal e intransferível.
Para mais informações, favor conferir a CENTRAL DE AJUDA DA SYMPLA.
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Acompanhe o programa CONEXÃO pelo facebook.com/conexoeslivres

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Loteria com macumba

Nos dias de hoje essa propaganda seria considerada incorreta e proibida, veja data da publicação abaixo.

“A Loteria Paulista iniciará hoje, pelo microfone da Rádio difusora S. Paulo, a transmissão de uma série de programas inteiramente originais. Será irradiado na íntegra aquele rito africano que mete medo a toda gente e que é, ainda, praticado por muitos negros no Brasil: a Macumba.

O excelente ‘speaker’ da Hora da Saudade, Dárcio Alves Ferreira, fará a explicação das diversas fases por que passa o culto, desde o tam-tam surdo e ritimado do início, acompanhado de meneios lânguidos, até a loucura final, que só termina quando os fanáticos, depois de muito dançar ao som de música acelerada, caem exaustos.

A parte musical estará a cargo de vinte elementos da conhecida Escola de Samba 1ª de São Paulo”.


Publicado em 13 de julho de 1936 no jornal Estado de São Paulo.







Fonte: Acervo Estadão

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A origem da música


A origem da palavra ‘música’ vem do grego mousikê, que significa “arte das musas”. Música pode ser definida como “arte e ciência de combinar harmoniosamente os sons”.

É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana.


Não é possível definir exatamente quando a música surgiu. Ao longo da história inúmeros géneros e estilos musicais foram produzidos. Da época medieval, passando pela renascentista, barroca, clássica e romântica, nomes como Bach, Vivaldi, Mozart, Beethoven, Chopin, Wagner e Villa-Lobos são personagens desse mundo da musicalidade.


Na fase moderna, Jazz, Samba, Chorinho, Blues, Bossa Nova, Rock, Pop, Tropicália, Soul Music, Reggae e MPB foram movimentos que marcaram época e tornaram inesquecíveis nomes como Louis Armstrong, Cartola, João Gilberto, Beatles, Madonna, Caetano Veloso, Bob Marley, Tom Jobim, Caetano Veloso, Elis Regina e muitos outros.

Na antiguidade, a música era utilizada com a finalidade de reverenciar Deus, sendo classificada como Divina (religiosa). Com o tempo a primeira arte saiu do âmbito sagrado, alcançou as massas, o lucro e a fama.

Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. A música encontra-se em diversas utilidades não só na arte, mas também na educação e na terapia.








Fonte: Portal das Curiosidades

Filme: Choros, chorinhos e chorões em 5 minutos

É do desenhista, artista plástico e designer William Figueiredo Côgo, de 34 anos, a idéia supimpa de contar em um filme de curta metragem - com traços firmes, singelos e muito colorido - uma breve história do choro, único gênero musical genuinamente carioca. São cinco minutos de emoção, beleza, talento e simplicidade. Côgo conseguiu fazer um desenho animado surpreendentemente original: calçadas em pés de moleque, bolas de gude, pipas coloridas, sino de igreja, o luar alto, crianças pobres (provavelmente filhas de estivadores, operários, lavadeiras e quituteiras), mulata, pandeiro, viola, saxofone e muita alegria. Os cenários são pintados a mão. Um choro recorrente. Sem palavras.

Para realizar Alma carioca, um choro de menino, Côgo se inspirou nos traços do caricaturista José Carlos de Brito e Cunha, o J.Carlos (1884-1950). Foi a melhor oportunidade que o diretor e designer, também carioca, formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ, encontrou para homenagear Pixinguinha, João da Bahiana e Donga - a santíssima trindade do chorinho - pais fundadores de Os Oito Batutas, o primeiro grupo a levar a música popular brasileira para o exterior. Foram para a Europa em janeiro de 1922 para uma curta apresentação. Acabaram ficando por lá meio ano.

O filmete retrata a história de um menino, morador da zona portuária do Rio, que, nos primeiros anos do século passado, se encanta com os chorinhos e os chorões originais da Pedra do Sal, na época da Tia Ciata e outras baianas fundamentais. A inspiração nos traços de J. Carlos é coerente. O cartunista, chargista e ilustrador retratava o Rio de Janeiro dos anos 1920, período em que o choro - gênero criado pelo flautista Joaquim Calado no fim do século 19 - deixava os salões e começava a conquistar definitivamente as ruas da cidade.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Rodas de choro em Londrina-PR

O fim de semana será agitado para os fãs de choro na cidade. Hoje, às 20h no Bar Madalena (R. Belo Horizonte, 219), ocorre uma roda reunindo diversos músicos da cidade – o couvert custa R$ 5. Antes, porém, o Clube do Choro de Londrina faz uma apresentação, às 16h, no Instituto Londrinense de Trabalho para Cegos, exclusiva fara os frequentadores do instituto.

E no sábado, às 12h30, o Regional Vila Brasil toca no Restaurante Dona Menina (R. Guararapes, 177), com couvert a R$ 6.







Fonte: Informações Jornal de Londrina

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O meu amigo... João Macacão !


Eu era ainda um garoto, tinha la meus 13 ou 14 anos se não me falha a memória,  tenho agora 62. O hoje  famoso e respeitado músico João Macacão era um rapaz bem jovem, uns 22 anos, desconhecido ainda, mas que já tocava um violão 7 cordas como ninguém.

Morávamos no mesmo bairro o Jardim Piratininga em Osasco, o João Macacão sempre aparecia na casa do Augusto do cavaquinho, um grande músico de quem não tive mais notícias. Ali ficavam horas tocando,  eu menino ainda e querendo aprender os primeiros acordes, estava sempre na cola dos dois.

O João na época era solteiro mas tinha namorada, os amigos diziam para provoca-lo que ele tinha mais ciumes do 7 cordas que da namorada. Com o tempo cada um seguiu seu caminho, eu já com meus 16 anos virei guitarrista solo de um conjunto que montamos no mesmo bairro, hoje se fala banda, era a época da jovem guarda e fazíamos bailes na região. Nunca mais tive contato com o João Macacão e com o Augusto do cavaquinho, mudei do bairro e a vida também foi mudando, mas a saudade daquele tempo vai ficar para sempre.

A trajetória do João Macacão

Não era qualquer um que tocava um violão de 7 cordas, como não é até hoje. Acompanhando uns e outros, acabou virando um dos acompanhantes favoritos de Sílvio Caldas. Por 20 anos sustentou a base do Caboclinho em tudo quanto é canto, decente ou não. Bares, boates, gafieiras, teatros, rádio, televisão. Naquele tempo, meu compadre, boate era mais decente que televisão de hoje, acredite.

Nas horas vagas, caía no choro. Seu violão era requisitado em várias rodas, e acabou participando de muitas formações daquilo que chamam de regional de choro. Tocou com o grupo de Esmeraldino Sales, figura lendária do choro paulista. Ali acompanhou Orlando Silva, Altamiro Carrilho, Gilberto Alves, Paulo Vanzolini, Elis Regina e outros craques.

Acabou formando seu próprio grupo, o Amapá. Algum tempo depois, em 1988, criou o conjunto Paulistano, com os chapas Joãozinho (cavaquinho) e Tigrão (pandeiro, que gravou um CD em 2003 com várias participações especiais. Entre os vários parceiros de empreitada se destaca o bandolinista e violonista Milton de Mori, conhecido nas rodas como Miltinho, bamba de grande talento como músico e arranjador.

Quando Paulo Vanzolini gravou em 2002 seu fundamental Acerto de Contas (caixa com 4 CDs, Biscoito Fino), fez questão de chamar João Macacão para cantar duas faixas. Cantar? Sim, Vanzolini não é bobo. Quem freqüenta os botecos de samba e choro de São Paulo sabe que o João não nega fogo nos fins de noite, enchendo o ambiente com sua voz parruda e seu vasto repertório. Gravou Falso Boêmio e Maria Que Ninguém Queria de maneira irretocável, casando esplendidamente forma com conteúdo.

Quem freqüenta os redutos do samba e do choro na Vila Madalena conhece o histórico Café Du Rêve, mais conhecido como Bar do Cidão. Há anos João Macacão comanda uma noite de samba-canção e seresta, salpicada de choros, com várias participações ilustres. Quem passou por lá não esquece.

João Macacão, depois de décadas de carreira, chega ao segundo CD solo (“Consequências” – Por do Som – 2013), onde demonstra que além de hábil violonista também canta muito bem. O repertório do CD inclui clássicos da música brasileira como “Chão de Estrelas” (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), “Peito Vazio” (Cartola) e “Laranja Madura” (Ataulfo Alves), além de canções inéditas.


O repertório seresteiro, João Macacão aprimorou nos grupos Amapá (1964) e Paulistano (1988) e durante os mais de 20 anos em que tocou seu violão de 7 cordas no grupo do cantor Sílvio Caldas. No CD “Consequências”, João Macacão seguiu o conselho do amigo Paulo Vanzolini e, além de tocar, também solta a voz quente e afinada.


Entrevista com João Macacão no programa "Aplauso" na Rádio Câmara

Houve disputa na seleção dos instrumentistas porque muitos queriam participar da gravação do álbum. No final, nada menos que 30 músicos paulistanos foram escolhidos e se revezaram para acompanhar o velho mestre, sob a batuta do arranjador Milton Mori.

 Grande João Macacão!


Ademir Palácios




Fontes: Informações revistamusicabrasileira.com.br

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Roda de Choro será destaque em eventos no Chile


Música de qualidade, aberta a músicos e ouvintes da comunidade, num clima de informalidade. Assim funciona a Roda de Choro realizada toda segunda-feira, das 18h30 às 20 horas, na sala 11, do Departamento de Música.

As apresentações constituem uma das ações do projeto de extensão Roda de Choro: música brasileira na comunidade, que foi selecionado como um dos representantes do Brasil para a 9ª Conferencia Latinoamericana de Educación Musical e 2ª Conferencia Panamericana de Educación Musical, que serão realizados de 3 a 6 de setembro, em Santiago, no Chile.

Um grupo base, formado por quatro alunos e dois professores, “segura” a Roda de Choro e, durante este mês, o grupo se apresentará na Oficina de Teatro. São duas apresentações, uma nesta quarta-feira (21/8), às 21 horas, e outra no domingo, dia 25, às 20 horas. No local estarão à venda um CD que acaba de ser lançado pelo grupo. A professora Andréia Veber, uma das coordenadoras do projeto, explica que a viagem ao Chile motivou a gravação e que a venda do trabalho ajudará a custear as passagens.

Ela adianta que os ingressos antecipados para os shows, assim como os CDs, podem ser reservados pelo fone 9709-0164.

Com relação aos eventos no Chile, Andréia Veber explica que eles são de grande destaque na área de ensino de música e que além da apresentação do grupo, os organizadores aprovaram um artigo científico para comunicação oral, que tem como tema as ações desenvolvidas no projeto. O artigo é de autoria da professora Andréia Veber, em coautoria com um dos alunos participantes do projeto.

Sobre a Roda de Choro, a professora diz que as apresentações semanais tiveram início em 2011 e constituem um momento em que os alunos do curso podem tocar juntos, dentro de um tipo de música de alto grau de exigência, o que é muito positivo. Informações  sobre o prjeto em www.facebook.com/rodadechorouem ou pelo e-mail rodadechorouem@gmail.com.






Fonte: www.informativo.uem.br

Os efeitos da música no cérebro humano

A música, assim como outras manifestações culturais e artísticas, é capaz de despertar sentimentos e reviver lembranças. É um universo de significados, representações e percepções distintas, tornando possível afirmar que cada pessoa a perceberá de um modo diferente. Esse tipo de arte aciona diversas áreas do cérebro humano, podendo ainda induzir atos, pensamentos e emoções, como ocorre com a música religiosa, romântica ou com uma mais agitada.

Mas como a música é recebida pelo cérebro? Quais áreas são afetadas e que reações ela provoca no organismo humano?

Após o som ser transmitido por moléculas através do ar, ele chega ao tímpano, que se agita para dentro ou para fora, conforme a amplitude e volume do som que recebe, e também da altura desse som, isto é, se ele é grave ou agudo. Entretanto, nesse estágio, o cérebro recebe apenas uma informação incompleta, sem distinção do que o barulho realmente representa – se ele é de vozes, do vento, de máquinas etc. O resultado final, decodificado pelo cérebro, representa uma imagem mental do mundo físico, que é gerado a partir de uma longa cadeia de eventos mentais.

O primeiro processo dessa cadeia, pode-se dizer que é a “extração de características”, quando o cérebro apenas percebe as características básicas da música, por meio das redes neurais especializadas. Nessa fase, o som é decomposto em elementos básicos como altura, timbre, localização no espaço, intensidade, entre outros. Isso ocorre nas partes periféricas do cérebro. O segundo passo ocorre nas partes superiores cerebrais, quando é preciso integrar essas informações básicas adquiridas, de forma a obter uma percepção completa.

Mitos que envolvem a música e o cérebro

Há diversos mitos que relacionam a música com o desenvolvimento cognitivo (processo do conhecer e que envolve raciocínio, juízo, lógica, atenção, memória, percepção, linguagem e pensamento), principalmente na infância. Questiona-se se ela pode ajudar no aprendizado lógico, assim como o xadrez; se uma pessoa talentosa já nasce com essa característica, independente do treinamento musical. Muitas são as hipóteses que envolvem o cérebro e a música, mas que ainda carecem de comprovações científicas.

Primeiramente, o que influencia mais no aprendizado musical: o dom e a predisposição ou o domínio da técnica e o treino musical? Esta é uma das questões que os cientistas de diversas áreas do conhecimento – música, psicologia, medicina, educação – tentam responder. É evidente que algumas pessoas têm maior predisposição para fazer música, assim como outras têm maior facilidade para resolver problemas matemáticos ou para aprender línguas. Todavia, o treinamento, ou seja, o engajamento com atividades de educação musical pode influir tanto, ou mais, que o tão famoso dom no aprendizado musical”.

Se a música fosse praticada apenas por quem é talentoso ou apresentasse um dom para ela, o número de músicos cairia drasticamente.






Fonte:Informações comciencia.br

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Choro e “Samba de Vitrine” no centro de São Paulo tem feijoada e tradição

Quem sair da Estação da Luz do Metrô, seguir pela rua Mauá em direção à Pinacoteca e virar a esquerda na rua General Osório, precisamente até o número 46, provavelmente terá uma surpresa agradável. Este é o endereço da loja de instrumentos musicais Contemporânea, lugar tradicional do centro de São Paulo que, além de comércio, também é palco de grandes encontros do choro, samba e suas mais diversas vertentes. O dia a dia da loja é repleto de música brasileira.

Sempre aos sábados, das 9h às 14h, acontece uma roda de choro, que tem reúne músicos há 40 anos e já recebeu grandes nomes do gênero, como Altamiro Carrilho e Jacob do Bandolim, comandada pelo Maestro Arnaldinho, professor de música da casa. A entrada é gratuita.

Uma vez por mês, em frente à loja, é vez do projeto “Samba de Vitrine”, outro evento bem tradicional do centro da cidade, regado a samba, feijoada e cerveja gelada. Às 12h, a rua é fechada; às 14h, tem início uma roda de choro; e às 15h30, o grupo Centro do Samba sobe ao palco e só sai de lá às 17h30, dando espaço para compositores diversos apresentarem seus trabalhos. A programação sempre fecha com uma atração especial, entre 18h e 20h, que muda a cada mês. Em setembro (dia 14), por exemplo, o evento recebe o grupo Na Palma da Mão. Tudo tem entrada gratuita.

A roda de samba da loja já recebeu grandes nomes do samba, acima Zeca Pagodinho


Tudo começou em 1946 quando o Sr. Miguel Fasanelli (1932 – 2009), conhecido por Seu Miguel, entrou como sócio em uma pequena oficina de 150 metros quadrados, que reformava instrumentos musicais de sopro.

Após dois anos de funcionamento, a loja já recebia grandes músicos, e o crescimento econômico de São Paulo trouxe artistas do Brasil inteiro à capital paulista. Perto da loja ficava o Hotel Jandaia, lugar onde os sambistas costumavam se hospedar quando visitavam a cidade.

No momento em que o país passava pela Ditadura Militar (1964 – 1986), a produção das lojas de percussão estava voltada à fanfarra militar e, a pedido dos clientes, Seu Miguel começou a se especializar em percussão para outros ritmos.

“Naquela época os instrumentos usados no samba ainda não costumavam ser fabricados, as fanfarras militares eram muito fortes, os instrumentos de percussão eram voltados para isso, mas meu tio tinha um carinho especial pelo samba e começou a receber o pessoal que tocava. Como já eram fabricados instrumentos para a fanfarra, o pessoal vinha na loja e pedia para o Seu Miguel fazer percussão para tocar samba. Os músicos diziam o que queriam, como queriam, e ele fabricava instrumentos personalizados para cada artista”, afirma Sergio Guariglia, um dos organizadores do “Samba de Vitrine” e sobrinho do Seu Miguel.

Ícones do samba como Nelson Cavaquinho, Beth Carvalho, Jorge Ben Jor, Zeca Pagodinho, entre outros, já participaram do samba na rua General Osório.

Além do fator econômico e dos instrumentos, segundo Chocolatte da Vila Maria, um dos apresentadores do samba, Seu Miguel era peça fundamental para juntar as pessoas. “O Seu Miguel era uma pessoa muito boa. Claro que os instrumentos ajudaram a juntar o pessoal, mas ele era o cara que fazia as pontes, conhecia todo mundo, juntava as pessoas, arranjava emprego para quem passava aperto”, conta.

A roda começava na vitrine da loja e quem passava pela rua parava para assistir os músicos da calçada. A rua ia sendo ocupada espontaneamente e muitas vezes era tanta gente que a passagem dos ônibus era impedida. Quando a loja fechava os músicos iam para a rua e continuavam o samba.

A partir dos anos 1980, com o fortalecimento do pagode e de outros ritmos, o “Samba de Vitrine” ganhou força e Seu Miguel investiu na ideia. Ele mantinha um caderninho e ia agendando os grupos que queriam tocar na roda. Depois de um tempo, o samba começou a acontecer em outros lugares do centro, e parou de ser organizado pelo pessoal da Contemporânea. Com isso, o Samba de Vitrine deu uma pausa por alguns anos. Seu retorno aconteceu em maio de 2012 organizada novamente pelo pessoal da loja, e, desde então, tem crescido e recebido muitos artistas e cada vez mais pessoas de diversas origens e idades.




O QUE
Chorinho e Samba de Vitrine
QUANDO:
Sáb 14/09
das 14:00 às 20:00
de 24/08 a 07/09
Sábados das 09:00 às 14:00
de 21 a 28/09
Domingos das 09:00 às 14:00

Saiba mais sobre o “Samba de Vitrine”

QUANTO:Livre

ONDE:Loja de Instrumentos Musicais Contemporânea
 
Rua General Osório, 46
República - Centro
São Paulo
Estação Luz (Metrô – Linha 4 Amarela)
Estação Júlio Prestes (CPTM – Linha 8 Diamante)







Fonte:Catraca Livre

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O talento de um "barbeiro"

O poder da música já fez com que várias pessoas abandonassem (futuras) carreiras em outras áreas. Chico Buarque largou a arquitetura; João Bosco, a engenharia; Edu Lobo, o direito; Guinga, a odontologia; Noel Rosa, a medicina. Embora nunca tenha pensado em enveredar por caminhos acadêmicos - mesmo sob forte pressão do pai -, em 1995 o alagoano José Augusto Roberto da Silva deixou de vez seu ofício primeiro, a barbearia, para se dedicar exclusivamente ao ritmo, às melodias, harmonias, contrapontos e "baixarias" de seu violão de sete cordas, mas manteve as origens no apelido.

Hoje com 61 anos, Zé Barbeiro tem mais de 160 composições, fala sério sobre a intenção de ainda gravar todas e brinca dizendo achar que a vida não lhe dará tempo de chegar às 300.  Zé Barbeiro tem em sua matriz musical o choro, mas passeia com naturalidade por uma infinidade de estilos. "O choro e o samba vêm em primeiro lugar, mas eu gosto de bolero, tango, música japonesa e italiana. As pessoas até me perguntam se, com toda essa estrada, eu não penso em dar aulas. Até penso, mas nunca vou largar o bar e a noite, e a diversão que é tocar com os amigos", diz.

José Augusto Roberto da Silva o Zé Barbeiro

Autodidata e intuitivo, comprou seu primeiro sete cordas e começou a participar de festivais na década de 1970. De lá pra cá, segue sendo praticamente um anônimo para o público, mesmo tendo tocado com Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso, Altamiro Carrilho, Zeca Pagodinho, Noite Ilustrada, Dona Inah, Batatinha, entre outros. Nomes apenas comprobatórios de que Zé Barbeiro, há tempos, deve figurar no panteão dos que tratam a música com a fineza que ela merece.

Zé Barbeiro é considerado pela critica especializada um dos mais modernos compositores de choro da atualidade e um dos músicos mais influentes para a nova geração de chorões no estado de São Paulo. Representante importante do movimento de renovação do choro, não só pela forma de tocar o violão de 7 cordas, como também pela característica de suas composições, influenciou boa parte dos jovens intérpretes e compositores da cena atual paulista.


Zé Barbeiro | Canção para Sofia (Zé Barbeiro) 
Show que ocorreu no Teatro Anchieta do Sesc Consolação dia 08/10/2012


Segura A Bucha (Zé Barbeiro)

Zé Barbeiro (Violão 7 Cordas);
* Alexandre Ribeiro (Clarinete);
* Fabrício Rosil (Cavaquinho);
* Léo Rodrigues (Pandeiro);
* Rodrigo Y Castro (Flauta).

Arquivo: Raíssa Amaral - Piracicaba / SP - Brasil

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ouvir Chorinho e Rock muda o sabor dos alimentos, segundo pesquisa

Ao compor a música "Brasileiro", Waldir Azevedo talvez não imaginasse que poderia influenciar no sabor dos alimentos. Tampouco Eddie Van Hallen presumia que os rifs de guitarra de "Jump" poderiam tornar os sabores "menos apetitosos". Mas uma dissertação de mestrado da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) afirma que ouvir chorinho ou rock enquanto come tornam os sabores "menos gostosos". Já a música clássica e a música romântica acentuariam o paladar positivamente, segundo a pesquisa.

"Foi uma grande surpresa. Eu, particularmente, ia torcer pelo sucesso do chorinho", afirma entre risos o dono do experimento, o músico David Wesley Silva. Ele começou o mestrado com o interesse em testar novas formulações mais saudáveis e que agradassem públicos como o vegetariano e o diabético.
Mas, após sugestão da professora orientadora do projeto, a ideia de misturar música e comida fez com que a pesquisa tomasse outro rumo. "Minha paixão são os dois mundos. Os dois são artes, são ciência, são apaixonantes", afirma.

Receitas e experimentações

Seis receitas de bombocado, nas quais ingredientes como açúcar, leite, ovo, farinha e linhaça passaram por substituições diferentes, foram provadas por 120 pessoas enquanto escutavam canções de chorinho, rock, música clássica e música romântica. Os degustadores também foram submetidos a testes no silêncio. Ao final, elas deveriam conferir notas ao sabor dos alimentos.

De todas as médias máximas das notas, 43% delas foram dadas sob influência de música clássica e romântica, respectivamente. Já do total de médias mínimas, 33% foram dadas por degustadores enquanto eles ouviam chorinho e 50% enquanto escutavam rock.

Segundo os resultados, a influência da música na qualidade das notas das pessoas foi de 14,4%. "Quanto mais novidade o alimento, maior a influência da música sobre a experimentação. Em cima disso, as notas aumentaram com a música clássica e a música romântica. Já com o rock e chorinho, sempre diminuiu na média", explica.

Para não influenciar emocionalmente os degustadores, as letras das músicas foram suprimidas e foram selecionadas canções conhecidas e desconhecidas do público. Além disso, elas sempre eram tocadas aleatoriamente, segundo o pesquisador. "Puxamos para nossa terra com o chorinho. A música clássica é um paradigma e já a música romântica e o rock são as mais consumidas atualmente", afirma.

Ritmo acelerado

David Wesley utilizou seus conhecimentos de músico formado pela Universidade de São Paulo para analisar o fenômeno. "Eu identifiquei rapidamente a semelhança entre os padrões rítmicos do rock e do chorinho. Como são músicas mais rápidas, o provador pode ser influenciado pelo 'fator de seleridade' e comer mais rápido, nem mastigando direito", explica.

No entanto, o pesquisador afirma que é preciso levar em conta aspectos culturais para os resultados da pesquisa. "É uma coisa que precisa ser investigada melhor. O chorinho, por exemplo, é uma música urbana associada a bares, muito 'da vida carioca'. Pode ser que os cariocas estejam mais acostumadas e lá seja de outra forma", afirma.

Wesley já começou o doutorado na Faculdade de Engenharia de alimentos e pretende continuar nos estudos sensoriais relacionados à alimentação. "Estamos pensando já na segunda pesquisa, com outros gêneros como samba, bossa nova e jazz", afirma ele.








Fonte:Informações Folha Sinfônica

Roberta Valente comanda Roda de Choro na Casa do Núcleo-SP

Uma vez por mês na Casa do Núcleo, a pandeirista e pesquisadora Roberta Valente comanda uma Roda de Choro na casa acompanhada pelos músicos Italo Peron, Fabio Peron e Fabrício Rosil.

A curadoria fica por conta da própria Roberta.   A pandeirista recebe chorões de todas as idades para juntos homenagearem grandes nomes do gênero, como Ernesto Nazareth, Pixinguinha, entre outros.   Roberta Cunha Valente estudou violão, cavaquinho e percussão. Atuou como pandeirista em diversos grupos como Panorama do Choro Paulistano Contemporâneo e Ó do Borogodó.

Formou-se em Letras na PUC/SP e foi redatora do livro "Antologia Musical Popular Brasileira - As Marchinhas de Carnaval", além de ter sido diretora do Clube do Choro de São Paulo.    Encorpando ainda mais seu impressionante currículo, a pandeirista também ministrou oficinas no Uruguai, Austrália e Brasil. Se apresentou em festivais nos Estados Unidos e na Holanda e firmou parcerias com Yamandu Costa, Altamiro Carrilho, Raul de Souza, entre outros.


Yamandu Costa + Danilo Brito + Rogerio Caetano + Roberta Valente - "Assanhado"
Ingressos R$ 15,00 
VENDA SOB CONSULTA. VALORES SUJEITOS A ALTERAÇÃO.

Pontos de Venda

CASA DO NÚCLEO

Rua Padre Cerda, 25 - Alto de Pinheiros - São Paulo
Telefone: (11) 3032-8401
VENDA ONLINE NO SITE VIA PAGSEGURO


Fonte:AZOOFA

Conservatória-RJ: A cidade da seresta

 Conservatória é o sexto distrito do município de Valença, no estado do Rio de Janeiro. A 370 quilômetros de São Paulo, 142 quilômetros do Rio de Janeiro, 28 quilômetros de Barra do Piraí e a 34 quilômetros da sede municipal.
O distrito tem uma população de 4.182 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE.

Anteriormente denominado Santo Antônio do Rio Bonito, situa-se em um vale da Serra do Rio Bonito, com área aproximada de 240 km². Faz divisa com o estado de Minas Gerais, com os distritos de Santa Isabel do Rio Preto, Parapeúna, Pentagna, Valença (sede do município de mesmo nome) e com o município de Barra do Piraí.

Serenata e paixão


A prosperidade econômica do final do século XIX deu início a outra tradição na vila: a das serenatas - a música cantada sob o sereno -, que hoje atraem mais de mil pessoas a cada fim-de-semana para a cidade, vindas dos mais diversos recantos do país e do exterior.

Um dos grandes motivadores da tradição da música na cidade é o Museu da Seresta, que tem o maior acervo de músicas de serestas do país - e um dos maiores do mundo -, criado pelos irmãos Joubert de Freitas e José Borges Neto, já falecido. O museu mantém viva uma página da cultura musical brasileira, reunindo os seresteiros às sextas-feiras e sábados à noite, que de lá saem para cultivar o hábito, raramente quebrado, de cantar pelas ruas da cidade.

Em 1998, Conservatória comemorou 120 anos de serenatas. Conta a história que a tradição nasceu com um romântico professor de música e tocador de violino, Andreas Schmidt, que, em uma noite enluarada no silêncio do vilarejo, atraiu espectadores, e o professor Andreas passou a ter como rotina tocar seu violino na praça, nas noites estreladas. Aos poucos, músicos vindos de outros lugares passaram a acompanhar as serenatas do professor, e essa virou uma característica incorporada ao lugar.

Música e grandes paixões sempre estiveram de mãos dadas em Conservatória e geraram muitas histórias de amor. Certa vez, em 1938, Antonio Castello Branco, um abastado fazendeiro de Santa Isabel, distrito vizinho, que vivia uma paixão não correspondida por uma moça de Conservatória, resolveu demonstrar seu amor conforme a tradição. Colocou seu piano de cauda em cima de um caminhão e percorreu mais de 20 quilômetros em estrada de terra esburacada, só para tocar e cantar sob a janela da amada. Consta que o gesto deu resultado, e a moça aceitou o fazendeiro como esposo.

Conservatória exprime uma das formas de reação contra as consequências da urbanização acelerada, que caracteriza nossa etapa de desenvolvimento como país capitalista, mantendo suas características bucólicas de arraial, pacata e tranquila, cujos moradores de fala branda, afáveis e educados preservam seus costumes e se reúnem, vez por outra, para manter a tradição das festas juninas, da dança, da música, das quadrilhas e principalmente das serestas que tornam seu pequeno vilarejo um pólo de atração turística no estado do Rio de Janeiro. Em Conservatória, o culto às serestas, o casario colonial e as famílias tradicionais são ainda vestígios do século passado.

O fim do ciclo do café resultou na decadência da agricultura na região, e muitas das centenárias fazendas foram abandonadas. Algumas estão preservadas, inclusive mantendo uma pequena produção de café; outras mudaram sua atividade produtiva, e hoje desenvolvem a pecuária leiteira. Mas a beleza do lugar, sua deslumbrante paisagem, composta por vales e cachoeiras, as relíquias históricas preservadas no tempo e a tradição das serenatas abriram outros caminhos de sucesso para Conservatória.
Um dos símbolos da história do lugar que está logo na entrada na cidade: a antiga "Maria Fumaça", da Rede Mineira de Viação, que puxava os vagões de passageiros e também o trem com a produção de café, hoje estacionada em frente à antiga Estação Ferroviária de Conservatória, atual rodoviária.

A linha ferroviária e a estação, inauguradas por D. Pedro II em 21 de novembro de 1883, foram extintas após a instalação da indústria automobilística no Brasil e da política de construção de rodovias para privilegiar o transporte rodoviário de cargas, nos anos 1960. Por aquela ferrovia, o vilarejo se interligava com o Rio e Minas, partindo de Barra do Piraí - município do qual Conservatória foi distrito de 1943 a 1948, quando passou a pertencer a Valença - e chegando até Baependi, após Santa Rita do Jacutinga, em Minas.

Outro ponto procurado por turistas e frequentado por moradores é o balneário municipal João Raposo, antes da estrada que leva a Valença, conhecido como Cachoeira da Índia por ter no meio do lago formado pela cachoeira uma escultura em bronze, que evoca uma mistura de índia com sereia. Alguns quilômetros no sentido de Valença fica o Ronco D´Água, ponto turístico com quedas de água que descem por uma encosta artificial, formando uma escadaria e fazendo com que seu barulho seja ouvido a quilômetros de distância.

Com o fim da ferrovia, Conservatória ficou isolada dos grandes centros. O acesso, por Barra do Piraí, Santa Isabel, Valença ou São José do Turvo, era precário, por estradas de terra, com cerca de 30 quilômetros, que muitas vezes ficavam interditadas na época das chuvas. Nem mesmo essas dificuldades, no entanto, afastaram os amantes das serestas e da cidade, que permaneceram fiéis à tradição, frequentando e divulgando o lugar.

Nos anos 1980, teve início a pavimentação do trecho de estrada ligando Barra do Piraí à Ipiabas, facilitando o trajeto até a cidade. Em 1998, finalmente, foi inaugurada a pavimentação por asfalto do trecho de 15 quilômetros entre Ipiabas e Conservatória, reforçando o desenvolvimento turístico da cidade e abrindo novas perspectivas econômicas para a região.

Música: fator de desenvolvimento local

Conservatória sofre, como outras localidades do Estado do Rio de Janeiro, o problema do êxodo rural. Mas esse fenômeno não lhe traz grande abatimento econômico devido ao fluxo turístico, 90% do Rio de Janeiro e de São Paulo, atraído pela tranquilidade bucólica e por apresentações teatrais, esportivas e, principalmente, musicais.

A tradicional serenata, realizada toda sexta-feira e sábado, partindo às 23h do Museu do Seresteiro e seguindo noite adentro, é o elemento nuclear das atrações musicais, que também incluem a Solarata (realizada nas manhãs de domingo) e as serestas (canto em espaços fechados) realizados em diferentes hotéis e pousadas.

Os turistas são atraídos pela atmosfera romântico-musical das diferentes apresentações, hospedando-se nos hotéis e pousadas para poderem acompanhá-las. Geram, dessa forma, um importante fluxo de renda e consequente emprego de mão-de-obra local.

Segundo o superintendente de Economia da Cultura da SEDEIS, Luiz Carlos Prestes Filho, a Secretaria tem focado também ações para promover a formação de pessoal para atender o crescimento da indústria do turismo local. Conservatória conta atualmente com mais de 2 mil leitos para atender os turistas, e esse fluxo exige uma qualificação maior de seus técnicos nas fazendas, hotéis, pousadas e restaurantes.








Fonte:wilkipédi

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A velha senhora da adeus e vai embora

A velha senhora Kombi que fez parte de várias gerações está indo embora, mesmo a gente sabendo que isso um dia aconteceria, ela vai deixar saudades em muita gente. Como se diz hoje em dia, valeu velha senhora, vamos sempre lembrar de alguma história que vivemos juntos.


O desenvolvimento tecnológico não deixa espaço para saudosismo. Kombi é o diminutivo em alemão de combinação, vale tanto para um pequeno furgão como para um grande Boeing. Quando carrega carga e passageiros é chamado de Kombi. Ela surgiu da necessidade dos alemães de terem um veículo barato para um país arrasado pela Segunda Guerra, que transportasse mercadorias e pessoas. O chassis é o mesmo do velho e bom fusca. Chegou ao Brasil, um país sem guerras e que acolheu os imigrantes de braços aberto, entre eles os alemães. E a Kombi.

Volkswagen oficializa fim da Kombi no Brasil 

Abençoada por muitos, amaldiçoada por poucos, o carro tinha uma característica genial. O para choque era a testa do motorista. O motor ficava atrás como o do fusca. Aquele carro estranho ganhou o coração e a mente dos brasileiros. Andava pelas estradas esburacadas de terra, no asfalto, subia a serra e no domingo levava a família para uma farofada na Praia Grande. Resistiu a uma quantidade enorme de modelos novos, nacionais e importados e mudou muito pouco . Fazia parte das paisagens urbanas e rurais. E a Volkswagen ganhou muito dinheiro com ela.


A Kombi assistiu inúmero episódios da história do povo brasileiro e foi responsável pelo transporte de tudo que cabia no seu bojo. Levava uma tonelada de peso, de gente ou de cabritos. Era comum o dito popular “ ponha na kombi”. Enfim, foi o jeito brasileiro de ser que deu vida tão longa ao furgão. Agora definitivamente ela vai para o museu e para as páginas da nossa história.

O MAXIXE : Uma breve história da Música Popular Brasileira

O vídeo abaixo é um documentário interessante sobre o Maxixe, para os interessados nas origens da música brasileira o documentário é bastante esclarecedor.

Nossa música é riquíssima em estilos, gêneros e movimentos. Do século XVIII (dezoito), quando o Brasil ainda era uma colônia até o final do século XIX, passando pelo período do Império e posteriormente a República, a produção musical foi tomando ares nacionais, com o aparecimento de gêneros musicais brasileiros como o maxixe e o choro. Vamos fazer um breve passeio por essa história!

A pesar da massificação imposta pela grande midia ao gosto musical do brasileiro, vez por outra o maxixe insiste em mostrar sua cara e aparece nas obras de alguns dos nossos músicos e cantores. Em disco lançado no Brasil em 1995, o grande Monarco (A voz do Samba, Kuarup) relembrou, em uma faixa deliciosa, quatro maxixes de compositores da Portela – Tudo passa (Belmiro), Ogrande fingimento (Paulo da Portela), Vem, oh linda!(Alcides Histórico) e Vou navegar (Alvarenga) – ressaltando mais uma vez a ligação do ritmo não só com o choro, mas também com o samba carioca.

Pixinguinha, em sua extensa discografia, registrou 27 gravaçôes com titulo de maxixe rotulando o gênero das músicas. Até mesmo verdadeiros clássicos do choro como Um a zero, Proezas de Solon eVou vivendo foram gravados, em 1961, pelos Ases do Ritmo e por Jacob do Bandolim com o registro de maxixes.


Programa comandado por Júlio Lerner. Participação dos pesquisadores José Ramos Tinhorão e Jota Efegê, da cantora Eliete e da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Fonte: vídeo Youtube: SenhorDaVoz

domingo, 11 de agosto de 2013

DANIEL RODRIGUES: Um fenômeno da nova geração do "choro"

Da nova geração do choro ele já é considerado um fenômeno, não bastasse o talento e a genialidade como músico Daniel Rodrigues agrada público de todas as idades por sua simpatia.


Seus vídeos fazem grande sucesso no Youtube, e já está vindo para nossa alegria, um CD de Daniel Rodrigues com composições dele e de outros compositores.


Pise firme nesse chão Daniel, em você o "Choro" e a Música Brasileira temos certeza estarão em ótimas mãos.



Veja no vídeo abaixo uma entrevista com o músico:


Contato:
daniel.guarulhos@hotmail.com
Aulas online e particulares de: Cavaco - Bandolim - Violão
http://www.facebook.com/daniel.guarulhos
Ademir Palácios

Brasilia-DF - Sururu na Roda lança DVD no Clube do Choro

O projeto destaca 17 canções dos quatro primeiros CDs e quatro faixas inéditas. Dentre as músicas que estão no novo trabalho, merecem atenção: Sururu Formado (integra a trilha sonora da novela Malhação, da TV Globo), Morena de Angola, Caminhado, Momento de Agradecer e a inédita Ô Sorte.

O DVD Sururu na Roda ao Vivo conta com participações especiais: Diogo Nogueira (em Pimenta no Vatapá) Péricles (em Ainda posso ser feliz), Dona Ivone Lara (em Senhora da Canção/Sonho meu/Mas quem disse que eu te esqueço/ Tiê) e Monarco (em O Quitandeiro).

Mais sobre o Sururu na Roda

Por conta do novo trabalho, o grupo foi indicado ao 2º Prêmio Revista Contigo! Rádio MPB FM de Música 2013, na categoria “Melhor Álbum de Samba”, concorrendo com Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Alcione e Casuarina.

Em 2012, O Sururu na Roda foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor grupo de samba, com o penúltimo trabalho, lançado em 2011, em homenagem ao centenário do eterno sambista Nelson Cavaquinho, Se Você Me Ouvisse – 100 Anos de Nelson Cavaquinho. A música A Flor e o Espinho, faixa do CD, foi trilha sonora da novela das seis “Lado a Lado”, da TV Globo.

Formação para o show: Sururu na Roda, Hudson 7 (violão de 7 cordas) e Fábio Luna (flauta e bateria).

Serviço 

Data: Terça-feira (13/08)

Abertura da casa: 20h

Show: 21h

Local: Clube do Choro

Endereço: Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções

Capacidade: 400 pessoas

Entrada: Inteira – R$ 20,00. Meia – R$ 10,00





Fonte:Informações clicabrasilia.com.br

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

13 estados e 17 cidades brasileiras com nomes "criativos"


Temos falado do talento e da criatividade do músico brasileiro, mas a criatividade do brasileiro não fica somente na música que é nosso tema principal, veja abaixo cidades brasileiras com nomes bastante "criativos".

ARROIO DOS RATOS-RS

Quem nasce lá é...RATENSE

População:13.606

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CIDADE DE ESPUMOSO-RS

Quem nasce lá é...ESPUMENSE

População:15.240

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PASSA E FICA-RN

Quem nasce lá é...PASSAFIQUENSE

População:11.1

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VARRE-SAI-RJ

Quem nasce lá é...VARRESAIENSE

População:9.4

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AMPÉRE-PR

Quem nasce lá é...AMPERENSE

População:17.308

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TAILÂNDIA-PA

Quem nasce lá é...TAILANDENSE

População:79.297

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BUENOS AIRES-PE

Quem nasce lá é...BUENAIRENSE

População:12.537

***************

NOVA IORQUE-MA

Quem nasce lá é...NOVA-IORQUINO

População:4.590

***************

SOLIDÃO-PE

Quem nasce lá é...SOLIDANENSE

População:5.744

***************

LAGOA DA CONFUSÃO-TO

Quem nasce lá é...LAGOENSE

População:10.210

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PONTO CHIQUE-MG

Quem nasce lá é...PONTO CHIQUENSE

População:3.966

***************

TROMBUDO CENTRAL-SC

Quem nasce lá é...TROMBUDENSE

População:6.533

***************

FELIZ NATAL-MT

Quem nasce lá é...FELIZNATALENSE

População:10.9

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FRUTA DE LEITE-MG

Quem nasce lá é...FRUTA DE LEITENSE

População:5.9 mil

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GADO BRAVO-PB

Quem nasce lá é...GADOBRAVENSE

População:8.3 mil

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VENHA-VER-RN

Quem nasce lá é...VENHA-VERENSE

População:3.8 mil

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XIQUE-XIQUE-BA

Quem nasce lá é...XIQUEXIQUENSE

População:45.5 mil

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