quinta-feira, 31 de outubro de 2013

As crianças dos anos 60



O que significa hoje, à distância dos anos e das décadas, ter tido uma infância nos anos 60?

Ser criança nos anos 60 é ter curtido filme de Jerry Lewis e se encantado ao som do tema musical do filme “Ao Mestre Com Carinho”.



Menino que era menino de verdade, nos anos 60, tinha que ficar acordado até tarde e assistir Bat Masterson para dormir cantando “No velho oeste ele nasceu/ e entre bravos se criou/seu nome lenda se tornou/Bat Masterson/Bat Masterson…”



Ter sido criança nos anos 60 é não ter entendido o que é que aqueles tanques estavam fazendo ali nas ruas e por que os soldados não eram de plástico ou de chumbo como meus brinquedos.



Ter podido ser criança nos anos 60 foi ter podido assistir na televisão nas tardes e os 3 Patetas.



Ter sido menino no anos 60 é ter viajado de Rural, pedalado de velocípede, brincado de Forte Apache, em que me sentia o verdadeiro dono de Rim Tim Tim.



Ah, os anos 60! Foram tão rápidos e ligeiros. Agora é como aquele retrato na parede do poema de Drummond. Ficaram suas marcas e as décadas seguintes só foram as décadas seguintes porque fui criança nos anos 60: anos de minha meninice, mas igualmente anos em que ela começou sem eu mesmo perceber a se despedir de mim. Vieram os Beatles, os festivais da Record, o colorido psicodélico da contra-cultura e os primeiros bailes iluminados à luz negra. Mas isto é outra história para outro momento de saudade.






terça-feira, 29 de outubro de 2013

Obrigado a entrar pelos fundos por ser afro-descendente ele criou 'Lamentos'

Estamos falando de Pixinguinha um dos maiores compositores brasileiro.

Na década de 1920, o pioneiro grupo de choro “Oito Batutas”, acabara de retornar de uma temporada na França, convidado pelo bailarino Duque. O grupo era formado por grandes nomes da música, dentre eles, Donga e o lendário Pixinguinha, que naquele tempo tinha a flauta como seu principal instrumento. O sucesso na França levou o jornalista Assis Chateaubriand a convidar o grupo para uma homenagem em um hotel do Rio de Janeiro. O evento daria o mote para a criação de um grande choro da MPB.


Pixinguinha teria sido barrado na entrada do hotel. O porteiro informou que lamentava, mas a ordem era que negros deveriam entrar pelos fundos. Pixinguinha, resignado, desculpou o funcionários: ”Lamento, mas sei que o senhor está cumprindo ordens” e atendeu as orientações do também constrangido porteiro.Entraram pela cozinha ouvindo os comentários revoltados de Donga, este bem mais contestador: “que absurdo, que vexame, que vergonha nós passamos” e Pixinguinha: “Eu lamento, mas não vamos comentar mais esse assunto”. Antes de receberem a homenagem, alguém se referiu ao fato e também lamentou o episódio. Pixinguinha, sempre resignado, novamente retrucou: “Eu lamento, todos lamentam, mas vamos evitar comentários”. Donga percebeu a repetição da palavra durante a noite e sugeriu: “Pixinguinha você disse a palavra “lamento” três vezes, por que não escreve um choro com esse nome?”.

Quem contou essa versão da gênese do choro foi outro famoso flautista brasileiro já falecido, Altamiro Carrilho, em depoimento registrado no livro “Os sorrisos do Choro”, escrito por Julie Koidin, curiosamente, uma americana também flautista e apaixonada pelo choro.Julie lembrou a Altamiro que a letra do choro tinha sido feita muitos anos depois. Altamiro confirmou, e atribuiu a letra a Hermínio Bello de Carvalho. Na verdade, a memória traiu nosso grande flautista, a letra de "Lamentos" é de Vinicius de Moraes, que escreveu o poema apenas para a primeira parte da melodia, em 1962, e não fez referências alguma ao episódio do hotel. Na verdade, a letra não tem nada a ver com a versão apresentada pelo flautista. Altamiro afirma ter ouvido a história do próprio Pixinguinha, de quem era grande amigo. O certo é que o choro tem uma linha melódica triste, até mesmo melancólica, portanto, se alinha à suposta inspiração contada por Altamiro. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

12 datas curiosas entre elas o 'Dia do Coveiro'


Qualquer semelhança com o nome do blog é mera coincidência !


17 de dezembro

Dia Municipal do Coveiro
(Belo Horizonte)


14 de janeiro

Dia do Lavador e Manobrista de Carro
(Belo Horizonte)


19 de março

Dia do Contínuo
(Rio de Janeiro)


29 de junho

Dia dos Atores em Dublagem
(São Paulo)


27 de julho

Dia do Jogador de Gatebol
(São Paulo)


1º de agosto

Dia da Desfiadeira de Siri
(Vitória)


17 de agosto

Dia do Camelô
(Belo Horizonte)


27 de agosto

Dia da Luta de Braço
(Belo Horizonte)


11 de setembro

Dia do Árbitro Esportivo


25 de setembro

Dia do Cadáver Desconhecido


5 de outubro

Dia do Bóia-Fria
(São Paulo)


25 de novembro

Dia da Baiana do Acarajé
(Bahia)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Biblioteca do Campus São Paulo apresenta musical de Chorinho

Apresentação musical de chorinho às 19h no dia 24 de outubro de 2013, em nossa biblioteca.

Servidores da biblioteca Francisco Montojos do Campus São Paulo do IFSP organizaram a apresentação musical de choro,  gênero de música popular instrumental brasileira em homenagem a Semana da Biblioteca e do Livro visando proporcionar aos alunos, professores e servidores adminsitrativos um pouco da riqueza da música popular brasileira e sua importância cultural.

No repertório serão apresentados clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo entre outros. Os músicos convidados são frequentadores de uma das mais tradicionais rodas do centro de São Paulo, a roda de Choro da Loja Contemporânea localizada à rua General Osório e que acontece aos sábados das 9h30 às 14h30.

Além desta apresentação, a biblioteca também organizou um sebo para troca de livros. Escolha um livro e troque por um outro seu.

Informações:
(11) 2763-7520 

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus São Paulo

Rua Pedro Vicente, 625 - Canindé - São Paulo - SP - Brasil - Cep: 01109-010






Fonte:spo.ifsp.edu.br

Deus ou Dinheiro ?


 Nelson Gonçalves, Silvio Caldas, Francisco Alves, e tantos outros nomes que não caberia aqui, grandes cantores de um tempo que vai ser sempre lembrado, um tempo em que cantor era cantor, e padre era padre.

Não quero aqui criticar nenhuma religião, todas devem ser respeitadas.

Como diz a letra de uma canção, 'nada do que foi será do jeito que já foi um dia', e sabemos que as coisas mudam mesmo. Mas usar o nome de Deus para ganhar dinheiro as custas da santa ignorância é muita cara de páu.

Os padres cantores que se cuidem. Não sei quanto tempo vai durar essa bajulação da mídia em torno de padres que possuem o sonho de ser "pop stars" escondidos em batinas.

Um padre pode cantar mal, desafinado e sem compasso diante de 10 bons cantores que a imprensa falará do padre e ignorará os bons cantores, tem muito dinheiro envolvido nisso. Seria como consagrar os pernas-de-pau do time e ignorar os jogadores que realmente entendem de bola.

Todos somos sabedores de que padre não é um ser de outro planeta, é como qualquer um de nós, e em alguns casos somos bem melhores que eles. Porém, o que não dá para aceitar é padre deixando de lado a verdadeira função de evangelizar, em troca de fazer shows, um padre de verdade não faria isso. Aliás, gostaria de saber também, para quem você acha que vai tanto dinheiro arrecadado com estes shows e principalmente com a venda de Cds. Na verdade tanto eu como você sabemos,  para os pobres e miseráveis é que  não vai mesmo.

Não vai demorar muito para daqui uns dias surgir um padre cantando funck, rock ou então não se assustem se aparecer algum padre rapper falando palavrões em alguma letra.

Um padre pode cantar mal, desafinado e sem compasso diante de 10 bons cantores que a imprensa falará do padre e ignorará os leigos cantores. Seria como consagrar os pernas-de-pau do time e ignorar os jogadores que realmente entendem de bola.

Mas se eles estão por ai ganhando milhões as custas de coitados, os culpados são os coitados e não eles, é o que eles devem pensar. Como diz o ditado, "em terra de cego quem tem um olho é rei".



Ademir Palácios

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Levava a vida na flauta e era mentiroso

Carlos Poyares
Uma das proezas mais impressionantes do flautista Carlos Poyares (1928-2004) era tocar uma flauta de lata, daquelas com seis orifícios vendidas em lojas de  brinquedo (será que ainda vendem?), executando músicas dificílimas.

Também impressionavam as suas estórias extraordinárias, ele levava a vida na flauta literalmente, mas ganhou a fama de mentiroso.

A melhor de Poyares foi o dia em que foi convidado para tocar para a rainha Elizabeth 2ª. Eles estavam em um iate, a música embalou, ele sentiu nos olhos da rainha o prazer de ouvir a música brasileira. O orgulho nacional foi tão grande que ele foi se afastando, se afastando, até que bateu na murada do iate, se desequilibrou e caiu no mar. Para provar que músico brasileiro era profissional até debaixo d'água, continuou tocando sua flautinha e não parou nem quando foi recolhido pelos salva-vidas.

“O Poyares, entretanto, não vive somente de mentiras. Éra exímio instrumentista. E ótimo companheiro de orgia. Éra um artista do povo, simples e agradável, que nada cobrava para exibir-se em qualquer boteco, por mais rodela que seja”.


Carlos Poyares - Matuto - Brejeiro (Ernesto Nazareth)

Fonte: Informações jornalggn.com.br/Luis Nassif

sábado, 19 de outubro de 2013

Vinicius de Moraes completaria 100 anos hoje 19/10/13

No bar de Ipanema que sempre frequentou, em um mundo tão eterno quanto suas canções, Vinícius de Moraes celebraria seus 100 anos neste sábado, 19, com um uísque em uma mão, um cigarro na outra, rodeado de amigos e de lindas mulheres.


A vida de Marcos Vinicius da Cruz e Melo Moraes, o "poetinha", como ele gostava de ser chamado, começou em 18 de outubro de 1913. Ele morreu em 9 de julho de 1980, em sua casa, no bairro da Gávea, perto do Jardim Botânico, onde nasceu, há 66 anos.

O Brasil renderá no sábado inúmeras homenagens a este poeta, diplomata e escritor de canções imortais, como "Garota de Ipanema", "Chega de Saudade", "Se todos fossem iguais a você", "Eu sei que vou te amar", músicas essencialmente cariocas, mas que muitos no mundo devem, pelo menos, cantarolar.

Shows e documentários serão apresentados esta semana no Rio de Janeiro e edições especiais de sua obra poética e musical serão vendidas.

O escritor Carlos Drummond de Andrade certa vez disse que Vinicius, "o único poeta que viveu como poeta", levou sua poesia "até as camadas populares", algo "extraordinário". Ainda assim, ele foi alvo de críticas por sua incursão na música, na década de 1960, porque teria deixado para trás, de certa forma, a sua faceta poética.

"Eu sou um labirinto em busca de uma porta de saída", afirmou Vinícius em uma entrevista à TV Globo, em 1977.




Fontes: Informações UAI /FOLHA UOL

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

No tempo do rádio o humor da Rádio PRK 30

Este foi, sem dúvida, o maior programa de rádio de todos os tempos no Brasil. Dois dos maiores humoristas brasileiros, Lauro Borges e Castro Barbosa estavam à frente desse programa de humor, que estreou na rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1944.

PRK-30 era o prefixo de uma suposta rádio pirata, onde dois speakers, Megatério Nababo D'alicerce (Castro Barbosa) e Otelo Trigueiro (Lauro Borges), apresentavam notícias de impagáveis correspondentes internacionais, cantores, declamadores, etc, todos protagonizados pelos dois humoristas.

O programa PRK-30 teve a sua origem no programa PRK-20 da Rádio Clube do Rio de Janeiro, com os mesmos apresentadores. Lauro Borges recebeu um convite irrecusável para se mudar para a rádio Mayrink Veiga e lá, criou a PRK-30, segundo ele, com 10 megahertz a mais de potência que a anterior. Castro barbosa só iria para a Rádio Mayrink Veiga em 16 de Abril de 1945, na 25º edição do programa, porque estava preso ao contrato com a Rádio Clube.

Enquanto Castro Barbosa permanecia na Rádio Clube, o ator Pinto Filho assumia o seu posto com o personagem Chouriço de Moraes.

Ainda mesmo antes da PRK-30, Lauro Borges já tinha ficado famoso com dois outros programas de humor. Eram eles, A Buzina e Cenas Escolares (mais tarde, batizado de Piadas do Manduca, devido a problemas com a censura).

O programa humorístico PRK-30 está para o rádio como o Barão de Itararé, o grande humorista, está para o jornal escrito. Se até hoje os livros de humor do Barão são lidos com total prazer, as poucas gravações existentes permitem que possamos acompanhar, com a mesma satisfação, Lauro Borges e Castro Barbosa à frente do programa de rádio que permaneceu no ar de 1944 a 1964, sendo que em 1947, no auge da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, conseguiu 52,5% da audiência em novembro e fechou o ano com 50,1%.

O programa passava para o ouvinte a idéia de uma "rádio pirata" que entrava no ar em cima do prefixo da Rádio Nacional, satirizando tudo que acontecia no Rádio da época. PRK-30, que segundo os apresentadores, era um programa "só para homens, mulheres e crianças de ambos os sexos", era escrito por Lauro Borges e apresentado por ele e Castro Barbosa, sendo que apenas os dois faziam todas as vozes de todos os personagens, coisa que boa parte do público não acreditava que fosse possível.

Alguns exemplos são: Megatério Nababo d’Alicerce (Castro), um português que se orgulhava de "falar inglês em vários idiomas", e Otelo Trigueiro (Lauro), "a voz onde as abelhas se inspiram para fazer o mel", que fala para o "deleite condensado das morenas inequívocas, das louras inelutáveis e até das morenas ferruginosas. Para todas aquelas que estão me ouvindo, meus sinceros parabéns"!

As radionovelas que faziam grande sucesso na época não escaparam às sátiras dos dois e então a PRK-30 colocava no ar novelas como: "Só morra em Godoma", que tinha os personagens: Romeu de Pontapelier, tio de uma sobrinha. Amaro, primo de Rosa. Rosa, prima de Amaro. Alice, filha de um vizinho da esquerda. Dona Esquerda, vizinha do pai de Alice. Dona Moema, esposa do doutor Valério, já falecido e, portanto, viúva.

Lauro Borges fazia um outro programa chamado "Piadas do Manduca" e Castro Barbosa fazia o mesmo "português" em outros programas. Antes disso, em 1937, Lauro tinha um programa chamado "A Buzina", onde imitava vozes de correspondentes estrangeiros. Os dois conheceram-se no lendário "Programa Casé" e foi Renato Murce quem teve a idéia de reuni-los pela primeira vez no programa "A Hora Sorrindo".

Estiveram também nos programas humorísticos "Variedades Esso", "Programa Colgate-Palmolive", "Clube do Lero-Lero", mas, sobretudo, "PRV-8 "RaioX" e "PRK-20", esboços da futura "PRK-30" - quando só então Castro Barbosa assumiu o seu nome real.

PRK-30 estreou no dia 19 de outubro de 1944, às 21h, pelas ondas da Mayrink Veiga: "Meus estimados admiradores, boa-noite. A voz que vocês estão tendo o prazer de ouvir neste momento é a voz penicilínica, veludosa e afiambrada do maior espícler da presente atualidade: Otelo Trigueiro. Tanques! Tanques! Tanque iú vira e mexe".

A partir dessa saudação ao público, a empatia popular do programa só fez crescer a cada edição, principalmente quando passou a ser transmitido pela Rádio Nacional, em 1947.

Ninguém sabia que Lauro Borges criava as suas criaturas a partir de impressões do quotidiano: um rapazinho negro, que gostava de escrever poemas de amor às moças da sua rua, inspirou a figura de "Otelo Trigueiro" e as folias poéticas do "Boa-Noite"; um português do bar da esquina, gordo e bigodudo, serviu de modelo para o "Megatério"; uma vizinha portuguesa metida a entoar fados e que vivia implorando por uma oportunidade no rádio deu origem à "Maria Joaquina Dobradiça da Porta Baixa".

Infelizmente existem poucas informações sobre estes dois importantes nomes da radiofonia e do humorismo brasileiros. Laurentino Borges Sáes (Lauro Borges) era paulista. Nasceu em 1901 e faleceu em 1967. Joaquim Silvério de Castro Barbosa (Castro Barbosa) era mineiro, nascido em 7 de maio de 1905 e falecido em 20 de Abril de 1975.

Segundo humoristas como Chico Anísio e Jô Soares, e importantes nomes da comunicação como Renato Murce e José Bonifácio Sobrinho, o Boni, PRK-30 foi o melhor programa de humor de todos os tempos e o embrião de todo humor desenvolvido pelo Rádio e pela Televisão desde então.

NOTÍCIAS INTERNACIONAIS DA PRK 30


CORRIDA DE CAVALOS PRK 30




CANÇÃO DO ECO



Fonte: Informações velhosamigos.com.br

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não acredite em 'cursos' para recuperar visitas no seu blog


O Brasil é mesmo o país dos oportunistas, depois das quedas das visitas nos blogs os 'cursos' que prometem milagres para a recuperação de visitas infestaram a internet.

Não caia nesse conto, os oportunistas estão vendendo o peixe deles, cabe a você ter discernimento e não jogar seu dinheiro suado no lixo. Recorra aos seus amigos, pesquise na internet, não saia comprando gato por lebre, tenha calma e aguarde.

O Google ganha muito dinheiro com a publicidade nos blogs e a queda nas visitas  não é uma coisa boa para você e nem para o Google, portanto aguarde novas mudanças.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

‘Circo, Choro e Riso’ une apresentação de humor com roda de choro

Entre 22 de outubro e 19 de novembro, às terças-feiras, às 20h, a Cia. Picolino de Artes do Circo em parceria com a produtora Macaco Beleza, o espetáculo Circo, Choro e Riso, no Circo Picolino.

Com direção de Anselmo Serrat, a mostra inclui performances circenses, apresentações de humor e uma roda de chorinho, com artistas estreantes e já conhecidos, incluindo o grupo Os Carinhosos, com  João Jonga de Lima, Tito Bahiense, Gilson Verde, Zé Mário , Cuca e Sebastian.


O QUE
Circo, Choro e Riso
QUANDO:
Sáb 19/10 às 20:00
Adicionar à minha agenda do Google
QUANTO
R$20*
ONDE
Circo Picolino
Avenida Otávio Mangabeira, s/nº
Pituaçu - Centro
Salvador
OBSERVAÇÃO
R$10 meia-entrada / lista

As informações acima são de responsabilidade do autor e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.






Fonte: catracalivre.com.br

Na era da espionagem saiba como Pelé foi salvo em 1970


Considerado o último malandro a moda antiga e um dos precursores do samba-de-breque, Moreira da Silva (1902-2000) tem uma importância fundamental no título da Seleção Brasileira em 1970, no México. Mais especificamente na partida contra a Inglaterra.

Pelo menos, Morangueira tinha essa importância na cabeça do jornalista e compositor Miguel Gustavo, um dos parceiros mais importantes de Moreira. Foi dele a ideia de criar essa faceta heróica ao sambista. Antes de ser agente secreto e salvar Pelé, o malandro já tinha dado as caras no velho oeste encarnando a figura do justiceiro Kid Morangueira. Anos mais tarde seria gangster e acabaria com a quadrilha de Al Capone e depois daria um pulo no Brasil para ser o Rei do Cangaço.

O enredo do samba é que Bond, James Bond, recebe a missão de sequestrar Pelé para que a Inglaterra tivesse o caminho mais fácil no mundial de 1970, tendo assim, maiores chances de se sagrar bicampeã.

Acompanhando 007 estava Claudia Cardinale. Os dois se hospedam na concentração do Santos e, à beira da piscina, o rei do futebol e a atriz protagonizam um romance que deixa Bond furioso. O inglês tira o soco inglês e parte para cima de Pelé. Mas ele não contava com o agente brasileiro Moreira da Silva que, além de salvar o camisa 10, prender o maior agente do mundo no DOPS e desperta o amor de Cardinale após um dia de pif-paf no Guarujá e uma bela pizza no Brás.

No fim das contas o Brasil derrotou a Inglaterra na Copa de 70 pelo placar de 1 x 0, gol de Jairzinho após passe de Pelé. Naquele mesmo ano, Miguel Gustavo assinaria uma composição mais conhecida do torcedor nacional: “Pra Frente Brasil”.









Fonte: Informações paginadoenock.com.br

Roda de choro homenageia centenário de nascimento de Vinicius de Moraes

Músicos reúnem diversos instrumentos para compor o choro

No dia 17, às 17 horas, tradicional Roda de Choro apresenta espetáculo “Especial Vinícius”, no Conservatório de MPB de Curitiba. Entrada é franca. Além de prestar homenagem ao centenário de nascimento do poeta, show integra comemorações de 20 anos do Conservatório.

Alunos do curso de Prática de Conjunto de Choro do Conservatório de MPB abrem apresentação. Direção musical é dos professores e músicos Julião Boêmio (cavaquinho) e Lucas Melo (violão 7 cordas).

Roda de Choro acontece semanalmente, toda 5ª feira, sempre no Conservatório de MPB, reunindo músicos e interessados em chorinho, um dos ritmos mais representativos da música popular brasileira.

O QUE
Especial Vinícius
QUANDO:
Qui 17/10 às 17:00
QUANTO
Grátis
ONDE
Conservatório de MPB de Curitiba
Rua Mateus Leme, 66
São Francisco - Centro
Curitiba
(41) 3321-3315







Fonte:www.catracalivre.com.br

domingo, 13 de outubro de 2013

"Delírio Alcoólico": Gravação do primeiro cantor profissional do Brasil

Bahiano – Manuel Pedro dos Santos


O Bahiano foi cantor e compositor nascido em Santo Amaro da Purificação, BA, que gravou o primeiro samba da história da discografia brasileira, o histórico Pelo telefone (1916).



Delírio Alcoólico, primeiro registro musical sobre a cachaça, é de Manuel Pedro dos Santos, o Bahiano, que gravou, em 1913, a hilária cançoneta, considerada a abertura dos trabalhos da longa linhagem etílico-poética que viria em seguida.


Em 2006, a cançoneta foi regravada por Alfredo del-Penho & Pedro Paulo Malta.


Letra:

Oh Lua Cheia, cheia de graça
Esse teu bojo está repleto de cachaça
Apaga a luz sem ninguém ver
E abre-te ao meio o teu recheio
Estou danado por beber
Tu não és mais que um garrafão
Que aqui me prende em sacrossanta devoção
Oh vagabunda lá do espaço
Dá-me o braço e passo a passo
Vamos tomar um formidável bom pifão
Fui o primeiro astronomeiro
Que descobriu quem sabe és irmã da ópa
E que vem sempre ao butequim
Do Joaquim, o português
Que até dizia
“O vi tontim”
Tú és oh roda, redonda e branca
Perambulando pelo azul do firmamento
Neste momento és um acento
És uma anca de mulher
Numa concavidade ambígua de colher
De hoje pra trás, não bebo mais
Eis a promessa que hora faço com fervor
Eu só não bebo a aguarrás
Mas tu, oh lua, bebes chumbo derretido e pedes mais
Vivo na rua e tu no céu
Mas nos irmana o mesmo vício, o mesmo amor
Por isso para que mentir
Sou como tu de um crime réu
Se acaso é crime se beber até cair
Lua pau d’água a minha mágoa
É não morar no alambique a vida inteira
Tendo-te a ti por companheira
Na sempre eterna bebedeira
E na ressaca habitual
Nesta sarjeta cheia de lama
Onde me encontro vejo a coisa muito preta
Pois o tal de guarda noturno
É um malvado sem igual
Que vem soturno escangalhar minha bacanal
Oh lua adeus, deixa-me andar
Vou procurar algum lugar pra vomitar
Tenho a na boca a impressão
E a sensação do gosto mal
De um cabo de chapéu de sol
Fujo de ti, pois és capaz
De vomitar por sobre mim o Parati
Me encontrarás no botequim
Fiel ao que já prometi
De que não bebo nunca mais
De hoje pra trás








Fonte:Informações www.mapadacachaça.com.br

O Violão 7 Cordas

Dino 7 cordas
(Horondino José da Silva)
O violão de 7 cordas nasceu, com alguma certeza, na Rússia do século XIX a partir da kobza, instrumento típico do Leste Europeu, muito semelhante ao alaúde barroco e a mandora germânica. Todos estes, na verdade, pertencem a uma complexa família de instrumentos de corda mediavais e renascentistas com origens na Pérsia, na África e na Índia.

Atribui-se ao lituano Andrei Sychra (177?-1850) a "invenção" do violão de 7 cordas. De fato, Sychra escreveu inúmeras peças para o instrumento que se tornou mais popular na Rússia que o violão de 6 cordas usado na Espanha. Ao migrarem para outros países por motivos diversos, os lituanos saudosos de sua terra transformavam os violões de seis cordas, mais comuns pela Europa e em outros países do mundo àquela época, adicionando improvisadamente uma corda adicional para, assim, poderem tocar suas canções prediletas da maneira original que as conheciam. A afinação do 7 cordas pelos russos era um acorde de sol maior aberto (DGBDGBD), proporcionando uma sonoridade característica e facilitando a formação de acordes para o acompanhamento de canções e a utilização de linhas de contra-baixo simples, alternando-se entre as cordas. O violonista francês Napoleon Coste (1805-1883) compôs várias peças para o violão de 7 cordas.

O Brasil, apesar de ser a segunda pátria do violão 7 cordas, sem dúvida, foi a terra mais fértil onde floresceu este instrumento. Relata-se que os responsáveis pela sua chegada em nosso país foram ciganos russos que viveram no bairro do Catumbi, Rio de Janeiro, em meados do século XIX. Da convivência entre os ciganos e os músicos e construtores cariocas, nasceu o violão de 7 cordas brasileiro. Entretanto, é certo que a adaptação do instrumento ao universo do choro e do samba deu-se a partir do início do século XX. O violonista China, irmão de Pixinguinha, aparece em uma fotografia de 1910 empunhando um violão de 7 cordas. O papel de Tute, violonista membro do grupo de Pixinguinha e Benedito Lacerda, é tido como o mais relevante na introdução do instrumento nos estilos brasileiros.

 Vídeo do regional Época de Ouro com a presença de Dino 7 cordas:
O fenômeno Horondino José da Silva, o Dino 7 Cordas, foi de longe o violonista mais importante para o desenvolvimento das típicas linhas melódicas dos baixos, as chamadas "baixarias", que se tornaram a marca principal do instrumento quando executado entre os "chorões". Dino dizia que "achava lindo o Tute tocando aquele violão, mas não queria que ele pensasse que eu o estava imitando, então só comecei a tocar sete cordas depois que ele morreu". Estudiosos sugerem que "Dino criou a linguagem brasileira do violão 7 cordas enquanto tocava com o duo de flauta de Benedito Lacerda e Pixinguinha em seu sax tenor que fazia maravilhosos contrapontos graves durante as apresentações" (Mauricio Carrilho; Luiz Otávio Braga).
No Brasil as afinações mais comuns para o 7 cordas são BEADGBE, DEADGBE e, principalmente, CEADGBE. Luiz Otávio Braga inovou ao usar pela primeira vez cordas de náilon no sete cordas, quando entrou para a Camerata Carioca de Radamés Gnattali, em 1983. Instrumentistas como Raphael Rabello, Mauricio Carrilho, e Yamandú Costa contribuiram pela universalização do instrumento, utilizando-o em peças dos mais variados estilos, cada um deixando sua marca individual neste instrumento maravilhoso. 








Fonte:Informações chorinhonaescola.blogspot.br

10 curiosidades sobre Adoniran Barbosa

1. João Rubinato era o verdadeiro nome de Adoniran Barbosa. Em sua certidão, constava que seu nascimento havia sido em 1910. Trata-se de uma falsificação, feita para que ele pudesse trabalhar mais cedo, em uma metalúrgica.

2. Filho dos imigrantes italianos Ferdinando e Emma, João começou a trabalhar em Jundiaí, São Paulo. A primeira função que exerceu foi de entregador de marmitas em um hotel. No meio do caminho, antes da entrega, abria a encomenda e comia uma parte. Em 1972, ele declarou em entrevista: “Eu não era malandro. Era fome. Malandragem é fome...”. Trabalhou também como faxineiro em uma fábrica em Jundiaí.

3. Em 1924, se mudou mais uma vez, para Santo André, São Paulo.

4. João exerceu várias profissões: serralheiro, garçom, encanador, pintor. Era um “faz-tudo”. Um de seus empregos foi de vendedor em uma loja na Rua 25 de Março, em São Paulo. Não permaneceu muito tempo nessa função, porque atendia aos clientes batucando no balcão.

5. Foi morar sozinho pela primeira vez em uma pensão, na capital paulista. Como já compunha músicas, João tentou a sorte no rádio. Em 1933, no programa de Jorge Amaral, foi aprovado cantando "Filosofia", de Noel Rosa e André Filho.

6. Adoniran fez muito sucesso como comediante de rádio. Um dos personagens criados por ele foi Charutinho, no programa História das Malocas. No início de sua carreira, ouviu um locutor de rádio dizer que tinha voz boa para “acompanhar defunto”. O primeiro disco solo do cantor só saiu quando ele tinha 64 anos. No total, foram três.

7. Gravou sua primeira música, "Dona Boa", em 1935, quando ganhou um concurso de marchinhas da prefeitura de São Paulo. Gastou o prêmio todo em uma noite de farra. Ele contava que, até ganhar, tinha dois amigos. Com o prêmio em mãos, passou a ter 20.

8. Naquele ano, João virou Adoniran. O nome artístico veio de um personagem que João apresentava no rádio. Com o sucesso de Adoniran Barbosa, todos começaram a chamá-lo assim. Pegou Adoniran de um amigo querido, e o Barbosa foi homenagem ao cantor Luís Barbosa.

9. Como compositor, fazia questão de manter os erros de linguagem. Segundo ele, fazia isso porque gostava do “samba de favela, samba de pobre”. Nos últimos anos de sua vida, Adoniran morou em um bairro simples de São Paulo, Vila São Paulo. A rua em que ficava sua casa não tinha luz elétrica nem água encanada. Ele costumava dizer que vivia cercado de “maloquinhas bonitas” naquele lugar.

10. Seu principal sucesso foi "Trem das Onze". A palavra "Jaçanã" foi escolhida apenas para rimar com "amanhã" -ele não conhecia o bairro quando compôs a música. Da mesma forma, não viveu no Bexiga ou na Vila Esperança, como é sugerido nas músicas “Samba do Bexiga” e “Vila Esperança”.







Fonte:guia dos curiosos

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Harpaterapia possui propriedades de cura

O som produzido pela delicadeza do dedilhar da harpa vem se mostrando ser muito mais que envolvente. Esse instrumento de origem milenar também possui propriedades terapêuticas e curativas para uma ampla indicação de pacientes.

A harpaterapia é uma atividade antiga, mas foi reativada recentemente. No uso terapêutico da harpa, o paciente, ao ouvir o som, pode sentir afinidade com certos tons e entrar em ressonância com eles, explica a fundadora e diretora do International Harp Therapy Program (Programa Internacional de Harpaterapia) Christina Tourin, que está em Belo Horizonte-MG. A especialista fica na cidade por uma semana para promover e participar de diversos eventos sobre a técnica, a partir deste sábado.

“A harpaterapia não é entretenimento ou música ambiente, não é um concerto ao pé da cama. É uma atitude de total atenção e presença que o harpaterapeuta tem com seu paciente, observando os padrões de respiração e sinais de tensão. Dessa forma, o terapeuta conduz a música especificamente para o paciente e, em alguns casos, convida-o a tocar”, comenta Christina.

Segundo a especialista, a música tocada na harpa tem “propriedades curativas únicas e, historicamente, é um símbolo de alívio e conforto” que pode ser usada em quase todos os tipos de pacientes, desde que ele aceite.

Após um quadro de insuficiência cardíaca súbita, a farmacêutica Jacqueline Casula, 43, teve que realizar uma cirurgia de emergência para a colocação de uma válvula no coração. Durante os 15 dias em que permaneceu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Jacqueline teve então o contato com a musicoterapeuta e harpaterapeuta Cláudia Miranda.

“Tive o comprometimento de vários órgãos, além do coração e, nesse período em que ela tocava algumas partituras pra mim, a minha melhora foi surpreendente. A harpaterapia me trazia um bem-estar físico, emocional e mental. Conhecia o instrumento, mas não o trabalho. Me apaixonei tanto que até comprei uma (harpa) pra mim”, conta Jacqueline.

Segundo Christina Tourin, a técnica também pode ser usada para pacientes terminais, situações de luto, partos, recém-nascidos, em salas de espera de hospitais e consultórios, clínicas veterinárias e até na estrutura corporativa como parte de um programa de gestão de stress.

PREMATUROS. Um estudo inédito sobre musicoterapia está sendo realizado no Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, para avaliar as reações dos recém-nascidos, prematuros e de alto risco, ao som de vários instrumentos, entre eles a harpa.

“Usamos instrumentos rítmicos alemães criados especialmente para bebês, porque são pequenos e têm um som muito delicado. Eles mexem com o alerta dos bebês que costumam ser letárgicos ou hiperativos. Também usamos o canto da mãe acompanhado do violão e da harpa”, explica a professora de musicoterapia da UFMG Cybelle Loureiro.


A pesquisa que já estudou 80 bebês, com idades a partir de 35 semanas e 500 gramas de peso, avaliou desde a mudança da coloração da pele, contato visual e frequência respiratória, e deve terminar em 2015.








Fonte: Litza Mattos/O Tempo

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

"As Rosas Não Falam" a poesia de um ex-lavador de carros

Cartola nasceu a 11 de Outubro de 1908
no Rio de Janeiro, em um bairro chamado
Catete. Neste dia, o Brasil e o mundo recebia
um de seus cidadãos mais ilustres.

Ganhou o apelido pois quando
trabalhava em obras, usava um chapeu côco,
para não sujar os cabelos de cimento.

Foi em 1919 que Sebastião, Aida e seus
sete filhos chegaram no Buraco Quente,
(um bairro no morro de Mangueira).

Era franzino, mas muito esperto,
conta seu amigo e parceiro Carlos Cachaça.



Cartola em uma entrevista disse:

Nos meus olhos, em Mangueira
só tinham uns cinquenta barracos.
E provavelmente estava certo.

Ele e seus companheiros fundaram
a G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira.

Sua contribuição à Cultura Brasileira é inestimável.

Sua concepção harmonica, suas melodias e versos
são simplesmente maravilhosos.
Mestres da Música como os maestros Villa Lobos
e Stokovsky foram ao Buraco Quente conhece-lo
e tomar conhecimento de sua obra.

Devido ao racismo, Cartola nunca foi economicamente
bem sucedido. Trabalhou até como pedreiro para sobreviver,
e no meio dos anos 60 o jornalista Stanislaw Ponte Preta
encontrou-o lavando carros no bairro de Ipanema,
e perguntou: Voce não é o Cartola? Sou, foi a resposta.
Isso causou muito espanto ao jornalista, que passou
a ajudá-lo, tornando-o mais popular.
Cartola, gravou seu primeiro disco em 1974.



Mas sua vida não foi só de tristezas.

Entre a metade dos anos 60 até sua morte em 1980
conheceu um pouco de popularidade (mas não dinheiro),
e descobriu que todos que tinham a chance de ouvir suas
canções, ou ve-lo tocar e cantar, passava a ama-lo.

Através de suas canções, o povo brasileiro
pôde entender um pouco mais a vida, e como lidar
com o dia a dia de uma maneira mais poética.

Cartola partiu desse mundo deixando suas canções
e seu amor, e nós o louvamos, e o amamos muito.

Cartola ignorou a injustiça pois esteve sempre
ocupado, com o que tinha no coração.

Tinha sabedoria suficiente para saber o quanto
estava adiante de seu tempo, o quão importante
seria os Brasileiros um dia perceberem
a mensagem que Espíritos Africanos o designaram
para levar a terras distantes.

Hoje em dia, o mundo inteiro percebe.







Fonte: Informações  brazilianmusic.com

Relembre Jingles Antigos e Inesqueciveis





Relembre alguns jingles que marcaram a história da propaganda no Brasil.


Clique na seta ao lado do Jingle 







    Varig Natal 



    Loção Brilhante



   
Brilhantina  Glostora




Pílulas de Vida do Doutor Ross 




    Alka Seltzer





Conhaque de Alcatrão São João da Barra



    Esmalte Colorama da Bozanno



    Nescau


 
    Sucos KSuco 


terça-feira, 8 de outubro de 2013

10 dicas para ficar mais inteligente

As dicas estão em ordem decrescentes, comece pela de número 10, mas preste atenção na número 1, é a mais importante !


10. Coma peixe

Peixes oleosos são ricos em DHA, um ácido graxo Omega-3 responsável por 40% da formação das membranas celulares e podem melhorar a neurotransmissão. O DHA é necessário para o desenvolvimento do cérebro do feto e vários estudos ligaram dietas com bastante peixe à redução do declínio mental com a idade avançada. Mas antes que você morda a isca saiba que estes estudos se basearam no que as pessoas lembravam sobra as suas dietas, uma tarefa que cheia a peixe. Testes com Omega-3 em ratos não mostraram melhora nas habilidades cognitivas.

9. Beba chá

A cafeína do chá verde e preto faz o corpo pegar no tranco e afia a mente. Não é bom beber café e energéticos. Para um ganho cerebral excelente faça pausas regulares para beber chá. Doses pequenas durante o dia são melhores do que tomar uma única grande dose.

8. Sem pânico

Enquanto um leve nervosismo pode melhorar o desempenho cognitivo, períodos de estresse intenso nos transformam em neandertais. Tente controlar a sua respiração.

7. Mais devagar

Não existe o fenômeno anunciado por aí chamado de “leitura dinâmica”. Ao menos se o seu conceito de “leitura” significa compreender o texto. Estudos mostram que os leitores rápidos vão muito pior quando questionados sobre o texto. A resposta motora da retina, e o tempo que a imagem leva para ir da mácula para o tálamo e em seguida ao córtex visual para processamento, limita os olhos para cerca de 500 palavras por minuto, em eficiência máxima. O estudante universitário comum alcança,cerca da metade disto.

6. Mantenha-se afiado

Pesquisadores italianos descobriram que pessoas que tem mais de 65 anos que andam cerca de 9 km por semana em passo moderado tem 27% menos chance de desenvolver demência do que adultos sedentários. Os pesquisadores pensam que exercícios possam melhorar o fluxo sanguíneo no cérebro.

5. Pratique

Pratique os tipos de questões que aparecem nos testes de inteligência. Ao se preparar para problemas verbais, numéricos e espaciais, típicos dos exames psicrométricos, você pode melhorar o seu escore.

4. Zzzzzz

Tirar uma soneca rápida no escritório pode deixar seu chefe irritado?Informe-o que você, na verdade, merece uma promoção de acordo com os últimos resultados dos estudos sobre o sono. Um breve cochilo pode melhorar a sua memória, mesmo que dure apenas seis minutos.

3. Jogue videogame

Todo mundo que implorou por um videogame agora vai conhecer o melhor argumento para conseguir um: “Você não quer que eu tenha uma coordenação visual e motora inferior, quer?” Agora você pode falar que alguns jogos o tornam mais inteligente assim como o Brain Age, da Nintendo. Depois de esforços cuidadosos os jogadores “sentem seus cérebros rejuvenescerem”.

2. Exercícios

Estudos mostram que estudantes que praticam exercícios aeróbicos regulares ajudam a construir matéria cinza e branca no cérebros de adultos mais velhos. Em crianças o ponto alto foi o de levar a melhores performances em exames cognitivos.

1. Perder tempo

É isso mesmo, perder seu precioso tempo lendo dicas como estas não vão ajudar em nada, desculpe se perdeu seu tempo.

Duo Nascimento e Alessandro Pennezi: "Corra e olhe o seu"

Os violonistas Rafael Nascimento e Bruno Vinci convidam o grande violonista e multi instrumentista Alessandro Penezzi (violão tenor), e tocam uma música de sua autoria intitulada "Corra e olha o seu!"

Gravado no Estúdio 185, por Beto Mendonça e Vídeo editado por Marcelo Vinci





Conheçam o trabalho dos músicos em:

Alessandro Penezzi: http://alessandropenezzi.com/wp/
Rafael Nascimento: https://soundcloud.com/rafael-nascime...
Bruno Vinci: http://brunovinci.blogspot.com.br/

Público prestigia show de chorinho no Theatro da Paz

O show marcou o lançamento do primeiro CD do grupo, pelo selo Choro do Pará, da Secretaria de Estado de Cultura

Antes do show, as integrantes do Charme do Choro participaram de uma sessão de autógrafos no hall do Theatro da Paz

O chorinho tomou conta do Theatro da Paz neste final de semana com o show do grupo paraense “O Charme do Choro”, sexteto formado por Jade Moraes (bandolim e violino), Dulci Cunha (flauta), Laíla Cardoso (violão), Camila Alves (violão sete cordas), Carla Cabral (cavaquinho) e Rafaela Bittencourt (pandeiro). Na ocasião também foi lançado o primeiro CD do grupo, como parte da programação do Projeto Nazaré em Todo Canto, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

No palco, o grupo originado do projeto Choro do Pará mostrou toda sua versatilidade e levou o público para um passeio musical embalado por composições de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, além dos paraenses Luiz Pardal e Biratan Porto, entre outros.

O CD, que traz o mesmo nome do grupo, faz uma homenagem aos grandes nomes do choro paraense. “Para esse primeiro passo, demos prioridade aos compositores do Pará. Não houve uma necessidade exacerbada em gravar música paraense. Mas nos deparamos com muita coisa boa que é feita no estado e ficamos felizes em gravar Adamor do Bandolim, Luiz Pardal, Catia, Maria Lídia e Paulinho Moura, entre outros. É um CD de artistas nascidos no Pará, de música brasileira que nasce aqui na região Norte”, explicou Carla Cabral.

Ao todo, o grupo levou dez meses para gravar as músicas do CD e mais 12 para lançar o trabalho. “Exatamente em outubro faz um ano que esse trabalho ficou pronto”, contou Carla. Entre as composições apresentadas no show estão “Infância” (Floriano), “Charmosinho” (Adamor do Bandolim) e “Menino Lucas” (Paulinho Moura). O show de lançamento contou com a participação especial de Sebastião Tapajós, Trio Manari e Chiquinho do Acordeon. “Acabamos de voltar de uma turnê pela Amazônia e tudo que queríamos era reencontrar nossa cidade e apresentar para a platéia o nosso coração, através da música”, afirmou Carla.

O CD faz parte do selo “A Música e o Pará”, volume 13, da Secult, que tem o objetivo de contribuir para o registro dos movimentos musicais do Estado, onde a memória dos sons e ritmos se transforma numa antologia em homenagens a mestres e compositores do passado e do presente.

Agenda

A programação do Nazaré em Todo Canto terá, ainda, no próximo dia 8, às 20h, o Concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, que celebra o bicentenário de Wagner e Verdi, com o maestro Marcelo de Jesus e a solista Adriane Queiroz. A entrada é franca. Já no dia 11 será a vez do show inédito, “Fafá de Belém, Teresa Salgueiro e Wagner Tiso – O Encontro”, às 21h.

Para o Teatro Maria Sylvia Nunes estão programados o “Show Orquestra de Choro do Pará (dia 9), “Caboclo Muderno” (dia 10) e “Pará Em Canto”, todos a partir das 21h. Já na Orla da Estação das Docas, estão agendadas apresentações parafolclóricas do Grupo Folclórico Cheiro do Pará (dia 10) e Grupo folclórico Noaruakes (dia 11), como início às 18h. Todos com entrada franca.

Nos dias 10 e 11 de outubro, no Coreto do Parque da Residência terá apresentação de bandas de música do estado, a partir do meio dia, também com entrada franca. No dia 15 de outubro, a Igreja de Santo Alexandre recebe, dentro da Série Câmera, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, às 20h. O projeto “Nazaré em Todo Canto” traz também a exposição “Miriti das Águas”, que busca divulgar e fomentar o artesanato regional, por meio do estímulo e valorização das comunidades de artesãos do município de Abaetetuba, nordeste do Pará.

A exposição, com curadoria de Emanuel Franco, abre oficialmente no próximo dia 8, às 19h, na Estação das Docas (Boulevard das Feiras) e segue para visitação até o dia 18 deste mês, com entrada franca.

Serviço: “Nazaré em Todo o Canto – 2013”, até o dia 25 de outubro. Locais: Estação das Docas, Parque da Residência, Igreja de Santo e Theatro da Paz.


Texto:
Alexandra Cavalcanti - Secult
Fone: (91) 4009 8707 / (91) 8897-9847
Email: alexa.cavalcanti@gmail.com

Secretaria de Estado de Cultura
Avenida Magalhães Barata, 830 - São Brás. CEP 66623-240 - Belém-PA
Fone: (91) 4009-8738 / 8736 / 8741
Site: www.secult.pa.gov.br Email: secultpagabinete@gmail.com



Fonte:www.agenciapara.com.br/

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Orquestra Choro do Pará é atração do 'Nazaré em Todo Canto'

Orquestra Choro do Pará foi formada nas oficinas de música da Fundação Curro Velho. (Foto: Carlos Sodré /Agência Pará)

A Orquestra Choro do Pará faz apresentação na próxima quarta-feira (9), às 21h, no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas, em Belém, pela programação Nazaré em Todo Canto, promovida pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) em parceria com a organização social Pará 2000. A entrada é franca.
A Orquestra Choro do Pará formou-se dentro das oficinas de músicas do projeto na Casa da Linguagem. As oficinas de cavaquinho, violão, percussão e instrumentos solo são ministradas às sextas-feiras e sábados na unidade da Fundação Curro Velho.

Para essa apresentação, cerca de 60 alunos vão subir ao palco do teatro da Estação das Docas.

“Todos os alunos estão ensaiando há cerca de dois meses nas oficinas de choro. No repertório, teremos composições de Pixinguinha, Ernest Nazaré, Jacob do Bandolim e Luiz Azevedo. Durante o concerto, vamos prestar uma homenagem à Nossa Senhora de Nazaré”, antecipa o gerente de Música do Curro Velho e coordenador do projeto Choro do Pará, Paulo Moura.

O coordenador da programação Nazaré em Todo Canto, Nando Lima, afirma que a participação da Orquestra Choro do Pará valoriza a música local. “A integração da qualidade musical da orquestra, que usa instrumentos raros, vai trazer para a população paraense e os turistas o chorinho”, destaca.

Serviço

Orquestra Choro do Pará faz apresentação na próxima quarta-feira (9), às 21h, no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas, localizada na Boulevard Castilhos França, s/n, no bairro da Campina, em Belém.




Fonte:G1

domingo, 6 de outubro de 2013

O baile do "André de Sapato Novo"

O Choro “André de Sapato Novo”, de acordo com o que é relatado no meio musical, foi inspirado em um momento banal da vida do próprio autor, o músico André Vitor Correia (Rio Bonito, RJ, 18/06/1888, Rio de janeiro, 4/03/1948), um respeitado artista da primeira metade do século XX.

Fala-se que André estava em um baile e passou momentos de sofrimento ao dançar com um apertado sapato. Dessa forma, as dores provenientes dos incômodos calos, um fato aparentemente corriqueiro, foram a inspiração para um músico talentoso nos legar um dos mais populares choros da história da música brasileira.

“Poucas músicas terão o privilégio de poder ser identificadas por uma nota, hein? E entre estas poucas está o grande choro “André de Sapato Novo”. Basta que Pixinguinha extraia do seu saxofone este Mi grave para que todos reconheçam logo que música vem por aí. Aquele grave, como todos sabem, representa a parada que faz a todo momento o indivíduo que calça o sapato novo que lhe aperta o pé. O calo está gritando dentro do calçado, e o jeito é fazer umas paradas para ajeitar os dedos comprimidos.  Ouçam !

Fonte: Informações www.drzem.com.br

sábado, 5 de outubro de 2013

SERESTA AO LUAR

Quero agradecer ao poeta Pedro Galuchi que gentilmente atendeu nosso pedido permitindo que o texto abaixo fosse publicado aqui no "Choro Nosso".

Não me corrijam os perfeccionistas.
Eu sei a seresta é em local fechado e a serenata desloca a cantoria pelas ruas.
Essa era uma seresta ao luar.
No coreto a banda tocava seus boleros e canções do século passado.
Em volta um público bem democrático.
O bêbado cantava em dueto com si mesmo tropeçando seus passos de bailarino solitário entre os casais.
Uma criança passeava seu carrinho nas escadas do coreto enquanto os avós dançavam.
A roda soltou e foi interromper os bailarinos para que o avô consertasse o brinquedo.
Senhores engraçavam-se com moças mais novas.
Aproximavam-se barrigas de “tanquinho” a outras parecendo trouxas de lavadeira.
Um ou outro casal dominava bem o mister da dança. A maioria era dois para cá, dois para qualquer lado.
O pé de baixo é meu.
Não o meu, porque não gosto de dançar.
Gosto de assistir.
Ninguém dava a mínima a ela.
De Fascinação a Carinhoso alternavam-se os acordes dos violonistas enchiam o ar de emoção e corações batiam felizes.
O menestrel incentivava os casais exortando todos a se aproximarem.
Não havia realejo, mas o pipoqueiro vendia seu produto àqueles que paravam para descansar um pouco.
Sorrisos espantavam alguma tristeza.
O espaço foi ficando pequeno para tanta gente.
Ela, solitária, somente, assistia quieta.
O garoto cansou-se e pediu colo à avó que transferiu a responsabilidade ao avô e foram embora.
Os casais giravam seus amores, sonhos, saudades.
O bêbado girava mais que os casais.
Mais um pouco poderia se transformar na vassoura da festa.
Dançava-se Jovem Guarda e assim as horas voaram e a última dança, a última dança já vai começar.
Fico em pé olhando.
Ela lá.
Quase parada num olhar perdido.
Parece ter ficado contente por haver notado sua presença e diria que sorriu para mim desinteressadamente.
Na verdade, olhava para todos, tal dama da noite.
Agora, pessoal, nós vamos embora, anunciou o cantor.
Casais aplaudiram, pedindo mais uma seleção.
Um “pout-pourri” rápido e cada casal seguiu sua vida.
E ela olhando com um ar feliz.
Num gesto, que devem ter me tomado por maluco, fiz-lhe um aceno, me despedindo.
A Lua lá em cima piscou-me.
Tenho quase certeza que foi para mim.



Pedro Galuchi

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Falando de Serestas e Seresteiros

Hoje vamos falar das Serestas, muito embora nosso tema principal seja o gênero 'choro' vamos saber um pouco mais, principalmente os mais jovens, sobre as Serestas e os Seresteiros.

Serenata, segundo os dicionários é um concerto à noite, ao ar livre, mas também pode ser nome de certas melodias simples e graciosas.

Não se trata propriamente de um modalidade musical, mas de uma forma interpretativa ou de um conjunto instrumental destinado a acompanhar pelas ruas e estradas um cantor solista.


Seresta é como que uma corruptela de serenata e afirmam os autores que foi introduzida entre nós pelos negros e mulatos.

No entanto a palavra serenata vem do castelhano serenada, de serenos, já sendo conhecida em nossa terra desde 1717. É o que se deduz da nota de certo viajante francês que a registrou quando passou pela Bahia. "À noite outra coisa eu não ouvia senão os tristes acordes de um violão. Os portugueses vestidos de camisolões com o rosário a tiracolo, a espada nua debaixo daquelas vestes e armados de violão passavam sob as janelas de suas damas e em tom de voz ridiculamente terna cantavam modinhas que me faziam lembrar a música chinesa ou as nossas "gigas" da Baixa Bretanha.

Como vemos a mania das serenatas já era da terra quando os negros e mulatos entraram a imitar o branco com o jeitinho todo especial de interpretação que se transformou em seresta. Não se deve pensar numa influência "jazz" nas nossas serenatas pois aquelas são muito mais antigas que esse em terras brasileiras, embora a formação instrumental e o processo de composição (improvisação livre) com o contracanto tão do gosto brasileiro.

As serestas eram realizadas nas ruas, estradas e praias quase sempre para despertar alguém que se tornara preferida em amores, em noites de lua, quando havia poesia e lirismo e a idéia de ir à lua era coisa que não entrara ainda nas nossas cogitações. Foi desse hábito das serestas que surgiu o seresteiro de voz possante e extensa para encher o espaço de melodias que deviam ecoar longe. Dessa classe de cantores da noite ficou-nos Vicente Celestino e já se foi para sempre Augusto Calheiros, o Patativa do Norte.

As serestas e os seresteiros de antigamente foram muitos perseguidos pelos mandantes da época. Na verdade houve tempo que cantar ao sereno e tocar violão era coisa de capadócio, crime que devia ser punido severamente.

Em ofício dirigido ao senhor ouvidor, o famoso Vidigal, comandante da polícia do Rio de Janeiro ao tempo de dom João VI assim apresentava um acusado de serenata: "... e se v. exa. ainda tiver dúvidas quanto à conduta do réu, queira examinar-lhe as pontas dos dedos e verificará que ele toca violão. A verdade é que havia e houve até o nosso século uma verdadeira perseguição a serestas e seresteiros.

Sempre houve porém uma grande diferença entre o seresteiro da cidade e o seresteiro, digamos assim, do interior. Na cidade sempre se cultivou a modinha enquanto no interior os trovadores eram outros, trovas mais líricas e apaixonadas, mais puras e ingênuas, mais doces e sinceras. De fato pelos títulos das modinhas de talvez um século atrás, pode-se fazer uma idéia do estado emocional do povo daquela época: Tive amor, fui desditoso, Do ciúme atroz veneno, Tristes as negras saudades, Ô, parca tirana, parca, Sem ciúmes, sem suspeitas. Havia muita pieguice, muito sentimentalismo exagerado nas interpretações. Mas, o trovador de serestas, negro ou mulato, desabrido e desordeiro também cantava lundus e fandangos e por que não fados se querem muitos que ele tivesse ido do Brasil para Portugal?

Desse tempo distante chegou-nos a fama de um certo mulato Joaquim Manuel, talento musical extraordinário. Exímio tocador de violão, popularizou entre nós o cavaquinho. De Freycinet ouviu-o e deixou registrado no seu livro, que "Joaquim Manuel era um cabra tão cuéra no violão que deixava longe qualquer guitarrista europeu". Pernóstico e vaidoso em extremo Joaquim Manuel só cantava suas produções, que só por isso não tiveram maior divulgação, embora fossem editadas em Paris. Tão antipático era esse mestiço trovador que mereceu de Bocage o achincalhe de um soneto satírico. Mais ou menos da mesma época foi outro trovador — seresteiro que o povo alcunhou de "poeta guri".

Ficou na história da cidade por ter evidenciado numa crítica impiedosa desabusada mesmo a paixão dizem que platônica do vice-rei dom Luís de Vasconcelos por uma moreninha, a Suzana da rua das Belas Noites (antiga Marrecas) e que involuntariamente concorreu para a construção do nosso Passeio Público.

Com dom João VI a música popular não progrediu muito, não que o grande rei concorresse para isso, mas a religiosidade do tempo fez com que os artistas se voltassem mais para a música erudita e sacra. Já com dom Pedro I, a seresta e os seresteiros tiveram sua época. Dom Pedro I era um apaixonado pela noite e embuçado na sua capa preta e chapéu desabado, ia com o Chalaça cantar em serenatas terminando as pândegas no botequim da Corneta ou na casa de Domitila. Ainda no tempo de Regência, o gosto pelas serestas era bem pronunciado e havia seresteiros famosos, não só de modinhas, mas também de cantigas que se fixaram na época. Um lundu muito cantado pelos seresteiros como desabafo político foi, sem dúvida, o Mãe Benta nome de uns docinhos que vêm atravessando o tempo e que chegou a nossos dias. Eram feitos pela preta Mãe Benta para o cafezinho da merenda do Padre Feijó.

— Mãe Benta, me fia um bolo?

— Não posso senhor, Tenenta,

Que os bolos são de Iaiá Não se fiam a toda gente.

Quanta malícia não havia nessa quadrinha ingênua, assim de relance.

Com Dom Pedro II, houve uma verdadeira ressurreição das serestas e conseqüentemente dos seresteiros. Ficou na história da cidade o Anselmo, o maior seresteiro daquele tempo, exímio violonista da época, famoso pelo seu vastíssimo repertório, diziam que era capaz de cantar uma noite inteira sem repetir música cantada.

A [Patalógica] do Rocio Grande não era apenas o centro de literatos da escola de Machado de Assis, mas também trovadores, seresteiros e poetas. A lira melancólica e a sátira irreverente de Laurindo Rabelo eram musicadas por ele próprio ou pelos nomes mais em evidência entre os compositores da época. Daquele tempo é o Gosto de ti, por que gosto que Sátiro Bilhar cantava no tempo de Catulo, dizendo-se o autor. Os versos, não há a menor dúvida, são de Paula Brito e a música parece que composta pelo Cunha dos Passarinhos, compositor muito querido no beco do Cotovelo. O maior seresteiro do século XIX foi Xisto Bahia, que sem saber música compôs verdadeiros sucessos, cujo maior foi, sem dúvida, Quis debalde varrer-se da memória...

As serestas e os seresteiros entraram pelo século XX com toda força de seu entusiasmo e muitos deles deixaram nos seus trovares verdadeiras jóias da música popular do Brasil.

("Serestas e Seresteiros" foi primeiramente publicado por Marisa LIRA no "Diário de Notícias" do Rio de Janeiro, Brasil, de 01 de dezembro de 1957. Documento extraído da edição on line http://jangadabrasil.com.br/revista/outubro83/fev83010a.asp-17k)







Fonte:Informações trovadores.uol.com.br

 
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