quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Harpaterapia possui propriedades de cura

O som produzido pela delicadeza do dedilhar da harpa vem se mostrando ser muito mais que envolvente. Esse instrumento de origem milenar também possui propriedades terapêuticas e curativas para uma ampla indicação de pacientes.

A harpaterapia é uma atividade antiga, mas foi reativada recentemente. No uso terapêutico da harpa, o paciente, ao ouvir o som, pode sentir afinidade com certos tons e entrar em ressonância com eles, explica a fundadora e diretora do International Harp Therapy Program (Programa Internacional de Harpaterapia) Christina Tourin, que está em Belo Horizonte-MG. A especialista fica na cidade por uma semana para promover e participar de diversos eventos sobre a técnica, a partir deste sábado.

“A harpaterapia não é entretenimento ou música ambiente, não é um concerto ao pé da cama. É uma atitude de total atenção e presença que o harpaterapeuta tem com seu paciente, observando os padrões de respiração e sinais de tensão. Dessa forma, o terapeuta conduz a música especificamente para o paciente e, em alguns casos, convida-o a tocar”, comenta Christina.

Segundo a especialista, a música tocada na harpa tem “propriedades curativas únicas e, historicamente, é um símbolo de alívio e conforto” que pode ser usada em quase todos os tipos de pacientes, desde que ele aceite.

Após um quadro de insuficiência cardíaca súbita, a farmacêutica Jacqueline Casula, 43, teve que realizar uma cirurgia de emergência para a colocação de uma válvula no coração. Durante os 15 dias em que permaneceu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Jacqueline teve então o contato com a musicoterapeuta e harpaterapeuta Cláudia Miranda.

“Tive o comprometimento de vários órgãos, além do coração e, nesse período em que ela tocava algumas partituras pra mim, a minha melhora foi surpreendente. A harpaterapia me trazia um bem-estar físico, emocional e mental. Conhecia o instrumento, mas não o trabalho. Me apaixonei tanto que até comprei uma (harpa) pra mim”, conta Jacqueline.

Segundo Christina Tourin, a técnica também pode ser usada para pacientes terminais, situações de luto, partos, recém-nascidos, em salas de espera de hospitais e consultórios, clínicas veterinárias e até na estrutura corporativa como parte de um programa de gestão de stress.

PREMATUROS. Um estudo inédito sobre musicoterapia está sendo realizado no Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, para avaliar as reações dos recém-nascidos, prematuros e de alto risco, ao som de vários instrumentos, entre eles a harpa.

“Usamos instrumentos rítmicos alemães criados especialmente para bebês, porque são pequenos e têm um som muito delicado. Eles mexem com o alerta dos bebês que costumam ser letárgicos ou hiperativos. Também usamos o canto da mãe acompanhado do violão e da harpa”, explica a professora de musicoterapia da UFMG Cybelle Loureiro.


A pesquisa que já estudou 80 bebês, com idades a partir de 35 semanas e 500 gramas de peso, avaliou desde a mudança da coloração da pele, contato visual e frequência respiratória, e deve terminar em 2015.








Fonte: Litza Mattos/O Tempo

 
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